Sonia Lima, o filho, Diego Montez, e o enteado, Wagner Montes Filho, se despediram neste domingo (27) de Wagner Montes. O apresentador, repórter e deputado estadual morreu nesse sábado aos 64 anos vítima de choque séptico e sepse abdominal. Wagner estava internado há dois meses por conta de infecção urinária, foi velado na ALERJ (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e cremado no Cemitério do Caju.
Durante o velório, passaram colegas como Bianca Rinaldi, Giuseppe Oristânio, Mary Mallandro (ex-mulher de Sérgio Mallandro e com quem trabalhou no "Show de Calouros", do SBT), Neguinho da Beija-Flor , Aguinaldo Timóteo, Elymar Santos e Amin Khader, repórter e apresentador da Record TV Rio. Silvio Santos enviou uma coroa de flores para o antigo funcionário. O caixão de Wagner foi coberto por uma bandeira da Beija-Flor de Nilópolis.
A atriz, apresentadora e jurada usou suas redes sociais para enviar uma mensagem. "Amados, agradeço a todos pelas orações e todo carinho. O meu bebezão nos deixou um pouco antes da hora, mas um dia entenderemos o motivo?", escreveu Sonia. Ela e Wagner estavam casados desde 1987 e se conheceram no programa dominical do SBT, que reunia, entre outros, Elke Maravilha, morta em 2016. Ainda nos anos 1980, apresentaram juntos o programa sertanejo "Musicamp".
Herdeiro do apresentador com a modelo Cátia Pedrosa, Wagner Montes Filho também se pronunciou no Instagram. "Palavras não seriam suficientes, nem para expressar o que estou sentindo nesse momento e muito menos o que verdadeiramente o senhor representa pra mim (...). Não vou me preocupar em tentar entender o porque, mas em lembrar do quão guerreiro o senhor foi, das brincadeiras, das viagens, das gargalhadas, dos esporros e principalmente do carinho mesmo que bruto (risos). Eu te amo muito. Descanse em paz, meu guerreiro, afirmou. Já Diego, filho de Wagner com Sonia, afirmou que "nunca se sentiu tão aparado e cuidado".
Formado em Direito pela Universidade Gama Filho e nascido Wagner Montes dos Santos, em 18 de julho de 1954, Wagner trocaria a advocacia pelos programas de rádio e TV a partir dos anos 1970. Estreou na rádio Tupi e no final daquela década foi para a TV de mesmo nome, apresentando o "Aqui e Agora". O ex-garçom e ex-açougueiro chegou a TVS (futura SBT) em 1980, com "O Povo na TV".
Ainda na emissora de Silvio Santos passou por várias atrações como o "Jornal Policial" e foi repórter do "Aqui Agora", além de ter conduzido o "Novo Show de Calouros". Na década seguinte teve passagem pela CNT. Em 2003 foi contratado pela Record. Primeiro apresentou programas nacionais e, depois, telejornais locais para o Rio de Janeiro. Entre eles, o "Cidade Alerta", cuja versão nacional era, na época, conduzida por Marcelo Rezende - falecido em 2017 vítima de câncer.
Seu último trabalho na TV foi na edição matinal do "Balanço Geral RJ". Em 1981, ao sofrer um acidente de triciclo precisou amputar parte da perna direita. No ano passado, Wagner já havia passado por uma longa internação e após ser eleito deputado federal, sofreu um infarto antes de embarcar para o Rio de Janeiro.
Na última quarta-feira (23), o ator perdeu a vida aos 42 anos. Caio Junqueira estava internado havia uma semana depois de perder o controle do seu carro e capotar com o veículo no Flamengo, Zona Sul do Rio. Durante o velório, o irmão do também ator Jonas Torres foi lembrado por Danton Mello. "Caio era um irmão. É uma grande perda, trágica... Era um cara alegre, talentosíssimo. Fizemos vários trabalhos juntos e tínhamos uma amizade fora do trabalho", lamentou ao Purepeople.
(Por Guilherme Guidorizzi)