O deputado e apresentador Wagner Montes morreu aos 64 anos neste sábado (26). Ele estava internado há cerca de dois meses para tratamento de uma infecção urinária no Hospital Barra d'Or, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio e sofreu um choque séptico e sepse abdominal. Essa é mais uma perda para o meio artístico. Na última quarta-feira (23) havia morrido o ator Caio Junqueira, que foi elogiado por colegas durante seu velório. Em outubro do ano passado, Wagner havia sido eleito deputado federal pela primeira vez e tomaria posse no mês que vem. Antes, o marido de Sonia Lima, com quem estava casado há 30 anos, havia vencido as eleições para deputado estadual, de maneira consecutiva, desde 2007. O corpo de Wagner será velado no Palácio Tiradentes a partir das 18h até às 22h e neste domingo, das 8h até 13h. A cremação, no cemitério do Caju, ficará restrita à família e amigos.
Antes, o marido de Sonia Lima, com quem estava casado há 30 anos, havia vencido as eleições para deputado estadual, de maneira consecutiva, a partir de 2007. "Conhecido pela irreverência e luta social que marcou seu trabalho ao longo de 35 anos como jornalista de TV, Wagner Montes foi um campeão de audiência e um dos apresentadores de maior sucesso na televisão brasileira", lamenta nota enviada à imprensa pela Record TV. Em novembro, o apresentador foi internado após sofrer um infarto antes de embarcar de Foz do Iguaçu (PR) para o Rio de Janeiro. Nos anos 1980, Wagner sofreu um acidente com um triciclo e precisou amputar parte da perna. O deputado deixa dois filhos, Wagner Montes Filho (fruto do seu relacionamento com a modelo Cátia Pedrosa, morta em 2018) e Diego Montez (do casamento com Sonia).
Nascido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em 18 de julho de 1954, Wagner Montes dos Santos se formou em Direito e iniciou a carreira de jornalista no início dos anos 1970 na Rádio Tupi. Em seguida, estreou na TV, na extinta Tupi no programa "Aqui e Agora". No começo dos anos 1980, foi para o SBT onde ficou por mais de 17 anos. Nesse período, apresentou programas como "O Povo na TV", ao lado de Sérgio Mallandro, "Musicamp" - fazendo ora parceria com a mulher, ora com Christina Rocha -, "Jornal Policial" e "Novo Show de Calouros", do qual também foi jurado. Ainda na emissora de Silvio Santos, foi repórter do "Aqui Agora", mas seu trabalho de maior expressão foi no júri do "Show de Calouros", onde trabalhou com Elke Maravilha, morta há três anos e com o dono do SBT. Após uma passagem pela CNT, chegou à Record, onde estava atualmente. No canal de Edir Macedo, apresentou telejornais policiais como "RJ no Ar", "Cidade Alerta Rio" - cuja versão nacional foi apresentada por Marcelo Rezende, morto em 2017 - e "Balanço Geral Rio", seu último trabalho. Autor do bordão "Escracha", passou por rádios como Record e América, foi colunista do jornal "Meia Hora" e chegou a se lançar como cantor.
Assim que a notícia foi confirmada, vários colegas de Wagner deixaram suas mensagens de pesar. "Um dia muito triste !! muito triste !!! O Grandão foi encontrar com Deus ! Soninha, muita força amiga ! Perdemos um grande homem!!", escreveu Luis Ricardo. "Só um guerreiro como você suportaria tanta dor no fim da vida. Com dignidade você lutou até o fim", acrescentou Luiz Bacci, confortado pela web na época da morte de Rezende. O apresentador Ernani Alves foi outro a se despedir: "Eu perco um amigo. Um dos maiores incentivadores da minha carreira". "Vai na paz, amigo querido!", reforçou Sonia Abrão. O repórter e apresentador e jornalista Fábio Ramalho foi outro a se despedir do colega de emissora. "Muita gente te seguiu, tentou fazer igual, emissoras copiaram o seu estilo. Você fez história como apresentador, colega de trabalho, parlamentar. Tá difícil de entender tantas perdas neste ano que mal começou, e agora você meu amigo. Escracha com alegria aí no céu. Esse é o seu lugar agora", lamentou. "Me incentivou minha escolha de faculdade, e abriu as portas do seu estúdio sem questionar, para que eu fizesse a melhor matéria de toda a graduação, levando nota máxima. Foi sempre muito receptivo, querido e solícito", recordou Pérola Faria. "Sem palavras... Que papai do céu te receba e obrigada por tudo. Coração doendo...", escreveu a jornalista Lívia Mendonça.
(Por Guilherme Guidorizzi)