Mais magra depois de ter cortado pastel e vinho de seu dia a dia, Regiane Alves estreia como a garota de programa Marli nesta segunda-feira (25), quando vai ao ar o primeiro episódio da série "Cidade Proibida". Em conversa com o Purepeople, a atriz fala de sua preparação para a personagem, que desde a caracterização foi construída para fugir do clichê. "Acho que é a personagem mais ousada que eu já fiz", avalia.
Na história de Mauro Wilson e Maurício Farias, que é ambientada no Rio de Janeiro da década de 50, Marli é uma mulher que precisa amar para se sentir viva, e ama um detetive particular especializado em casos de adultério. "A Marli é uma prostituta, uma mulher independente e apaixonada pelo Zózimo (Vladimir Brichta)", define Regiane, que completa: "Foi bacana criar uma prostituta fora do clichê. Que não tem aquele cabelão".
Mas apesar de ser capaz de largar tudo para se dedicar completamente a Zózimo, que é o único amor em sua vida, ele não a corresponde. Em uma das chamadas da série, o investigador diz: "Marli é uma prostituta que mora onde o judas perdeu as botas. Ela acha que é minha mulher. É esperta, engraçada, mas gosta de um grude". Contudo, a parceria com ela será decisiva em alguns casos. "É uma mulher que dava sinais, já naquela época, do lugar e a posição que as mulheres conquistariam. O autor muitas vezes coloca a puta como uma heroína porque muitas vezes é ela que salva os casos", adianta a intérprete.
Como preparação e composição da personagem, Regiane viu muitos filmes e conversou com uma prostituta da época. "Ela me explicou como era trabalhar em um bordel, disse que na década de 50 não era tão comum a prostituta ficar na rua. Os políticos (prefeitos, senadores, etc) iam para o bordel e aconteciam reuniões ali. E a mulher tinha que estar arrumada, ter glamour. Não podia ser vulgar", relata, a atriz, que admitiu que já teve atitudes parecidas com as das clientes de Zózimo, por ciúmes.
Junto com Vladimir Brichta e Regiane Alves, José Loreto e Ailton Graça completam o elenco fixo de "Cidade Proibida", e seus respectivos personagens são o núcleo central da trama. Loreto interpreta Bonitão, um gigolô que ele define como "macho alfa dos anos 50", e que vai apanhar muito de Paranhos, delegado vivido por Ailton.
(Apuração de Carmen Lúcia e texto de Samyta Nunes)