Você já tem os motivos suficientes para começar a transição capilar? Então, saiba que o processo requer cuidados extras aos cachos e um toque de paciência - mas que, no final, valerão a pena! É que durante essa fase, a raiz costuma ficar mais alta, os cachos ficam indefinidos e com mais frizz, e a parte lisa precisará ser cortada em algum momento, processo que é chamado de big chop. Emiliana Conceição, a Gerente de produtos da linha Tô de Cacho da Salon Line , contou 5 dicas sobre finalização e cronograma capilar que melhoram a rotina capilar das cacheadas e crespas.
O dedoliss e o twists são técnicas de finalização bem práticas, que definem os cachos com os próprios dedos, usando creme para pentear e ativador de cachos. Emiliana explicou ao Purepeople como fazer a primeira. "É quando a pessoa que está em transição pega mecha a mecha do cabelo e vai separando e enrolando no dedo. Como o cacho ainda não tem uma formação, é muito difícil ela só quebrar o cacho, que é como chamamos quando a pessoa amassa o cacho. Para um cabelo que está em processo de transição, só quebrar ainda não é o suficiente", explica. "O dedoliss é um processo que ajuda, e o twist é outro. Esse consiste em pegar duas mechas e fazer uma trança em dois. Aí você passa o ativador de cachos e deixa essa trança secar", indicou a expert. Depois, é só soltar a trança e cachos definidos!
O modelador de cachos é um aparelho automático, que puxa o cabelo para dento e o envolve em uma haste quente para cachear as madeixas. Segundo a expert, está liberado apostar na ferramenta para formar cachos na parte lisa, prestando sempre atenção à temperatura. "É legal para ter uma uniformidade nos cachos e o modelador é muito mais rápido do que o dedoliss e o twist, por exemplo. Com o modelador, você pode pegar uma mecha maior", explicou a profissional.
Muita gente fica em dúvida sobre o uso da chapinha e do secador durante a transição capilar: pode ou não? Segundo a profissional, não há problema em fazer uma escova para "abaixar" a raiz e usar os fios lisos de vez em quando. "Enquanto a pessoa ainda está se adaptando com o rosto em um cabelo que não é cacheado nem alisado, é uma aceitação da menina fazer a chapinha para deixar ele todo liso. O que ela não pode fazer, de jeito nenhum, é voltar a passar química", ressalta.
O cronograma capilar é o cuidado chave para quem está em transição, não importa o tipo de cacho - 2, 3 ou 4, É uma espécie de agenda de hidratação, nutrição e reconstrução, que são tratamentos essenciais para que o cacho nasça saudável, selado, bem formatado e com nutrientes. "Dependendo de como está o cabelo, ele precisa mais de um processo do que do outro. Se o fio está muito poroso, com muita química ou ponta dupla, ele precisa de dois processos de reconstrução por semana. Hidratação e nutrição nunca é demais, e qualquer pessoa pode e deve fazer durante a semana", explicou Emiliana, citando que a umectação feita com óleos é mega importante no processo. "Aplica-se como uma massagem no couro cabeludo para que ele ative a circulação e ajude no crescimento do fio", explica.
Muitas cacheadas já aceitam o frizz como uma coisa normal do cabelo - e realmente é! Segundo a profissional, a linha Tô de Cacho foi criada para que as cacheadas e crespas não se preocupem com o controle do frizz, mas ele também pode surgir em um cabelo que precisa de hidratação. "Se a pessoa segue um processo de hidratação e nutrição, com certeza o fio fica mais selado, o cacho vai fechar bem direitinho e não abre o frizz", explica Emiliana, lembrando que o cabelo com coloração pode ter ainda mais frizz. "Um cacho descolorido merece um cronograma capilar com mais nutrição e hidratação. Se o cabelo estiver com quebra, a reconstrução é uma importante aliada à hidratação. Senão, o fio fica rígido por conta da reconstrução que repõe a massa do fio e ele mais rígido vai quebrar. É muito importante essa combinação", indica.
(Apuração de Patrick Monteiro e texto de Beatriz Doblas)