"Boogie Oogie" chega ao seu último capítulo nesta sexta-feira (06), marcando o fechamento do primeiro trabalho dramatúrgico de Rui Vilhena no Brasil. Com seis novelas portuguesas no currículo, o autor comemora o sucesso da história de Sandra (Isis Valverde) e Vitória (Bianca Bin), e em conversa com o Purepeople avalia a experiência que viveu nos últimos seis meses. "Eu estou muito feliz com o resultado da novela. Recebi várias mensagens nas redes sociais e ouvi muita opinião positiva nas ruas", conta.
Embalada pelas contagiantes canções da era disco, que são famosas desde década de 70 até os dias atuais, "Boogie Oogie" tem fortes elementos do folhetim clássico e chegou a ser criticada, principalmente por usar "clichês" como por exemplo a troca de bebês, que foi o mote principal da trama. Mas o autor encara esse tipo de retorno com tranquilidade: "Qualquer tipo de trabalho está sujeito a críticas, sejam elas positivas ou negativas. Até porque é impossível agradar a todos, não é mesmo? O que é fundamental nesse 'exercício' é existir argumentos e fundamentos coerentes com o que está sendo dito", afirma.
Conhecido como "O Rei do Gancho" desde a coletiva de lançamento da novela, quando o diretor Ricardo Waddington compartilhou esse apelido do dramaturgo com a imprensa, Rui fez jus à fama e manteve o público preso em cada final de capítulo. "Cada autor tem suas características. No meu caso, os ganchos fazem parte de todos os meus trabalhos e acredito que eles tenham influenciado de certa forma na narrativa da história, e consequentemente, na repercussão da novela", ele pondera.
'O telespectador é o termômetro da novela'
Desde a estreia da trama, em agosto de 2014, o autor se conecta e interage com os telespectadores através das redes sociais, o que a seu ver, só contribuiu para o sucesso de "Boogie Oogie". "Eu gosto desse contato com o público e acho que é sempre positiva. A gente faz novela para o telespectador e ele é o melhor termômetro de desempenho de uma novela", diz.
Além do drama das protagonistas Sandra e Vitória, o folhetim apresentou muitas reviravoltas, revelou segredos e teve até atropelamentos em série, cujo culpado só será descoberto no capítulo final. A criação e desenvolvimento de fazer com que tudo dê certo não é tarefa fácil, mas Rui a encara com alegria: "Eu adoro o que faço e os desafios existem, é claro, mas nada que não seja comum ao longo de uma novela e na rotina de um autor".
Autor promete um final surpreendente e revelador
Para evitar que o culpado pelos atropelamentos fosse revelado antes da hora, o autor escreveu três finais diferentes e garante que nem mesmo o elenco sabe quem é o verdadeiro assassino. "Acho que a dramaturgia desde o início de sua narrativa é desenvolvida com mistérios e surpresas, que envolvem o telespectador e o tornam cúmplices daquela história. Posso dizer que teremos surpresas no último capítulo, mas prefiro que todos assistam! (risos)".
O desfecho de alguns personagens, porém, ja foram divulgados. Além do casamento de Sandra e Rafael (Marco Pigossi), que acontece em um luau, na praia, Inês (Deborah Secco) vai retornar à trama para ter o seu final feliz. A ex-aeromoça se mudou para os Estados Unidos quando aceitou se tornar professora de ginástica em vídeos produzidos lá, mas volta ao Rio de Janeiro nos momentos finais.
(Por Samyta Nunes)