A Justiça italiana pediu a extradição de Robinho para que o ex-jogador cumpra a pena de nove anos de prisão no país. O ex-atleta foi condenado em última instância pelo crime de estupro de uma jovem albanesa, em 2013.
O Brasil, porém, não extradita cidadãos nativos. Por isso, Robinho pode cumprir a pena no Brasil. Caso o STJ valide a sentença italiana, Robinho irá preso em um presídio federal brasileiro. As informações são do advogado Leonardo Pantaleão, especialista em Processo Penal, em entrevista ao "Lance!". Atualmente, o jogador vive uma vida discreta no país.
"O STJ é o órgão do Poder Judiciário que, por força constitucional, deve homologar os termos da sentença estrangeira no Brasil e, somente após isso, ela passa a ter força executiva no território nacional. Antes dessa validação pelo STJ, não se cogita de cumprimento da pena fixada no estrangeiro, em unidades prisionais brasileiras - explicou o advogado".
Robinho foi processado por violência sexual coletiva quando ele jogava pelo Milão, da Itália, há nove anos. A sentença foi dada pela 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, e é definitiva.
O amigo de Robinho, Ricardo Falco também foi condenado. Em 22 de janeiro de 2013, Robinho, Falco e outros quatro brasileiros praticaram violência sexual a uma mulher albanesa que hoje tem 31 anos e vive na Itália. Segundo investigação do Ministério Público da Itália, a mulher foi embriagada, levada a um camarim da boate em que eles estavam e violentada.
O primeiro julgamento aconteceu em 2017, no qual Robinho e Falco foram condenados em primeira instância. A defesa do jogador recorreu. Um novo julgamento foi realizado em 2020 e a sentença foi confirmada pela segunda instância.
Os outros quatro envolvidos não puderam ser notificados pois deixaram a Itália durante a investigação.