Em uma de suas raras aparições públicas, Roberto Carlos saiu de casa nesta quarta-feira (3) por um motivo especial. O cantor se juntou a outros artistas como Caetano Veloso, Erasmo Carlos, Carlinhos Brown, Fafá de Belém, Nando Reis, Lenine, Otto, Gaby Amarantos, entre outros nomes do cenário musical brasileiro, para reivindicar a aceleração no processo de votação do projeto de lei 129/2012 no Senado, em Brasília.
Os músicos foram vestidos de ternos em tons escuros com um adesivo escrito: "#AcordaEcad" colado no peito. Até o rei Roberto Carlos usou o traje e, para a surpresa de muitos, em um tom muito mais escuro do que o público está acostumado a vê-lo. Durante a sessão, Roberto Carlos ficou acomodado entre os amigos Erasmo Carlos e Caetano Veloso. Diferentemente dos colegas, a cantora paraense Gaby Amarantos optou por um look mais colorido e exibiu um cocar na cabeça.
Os artistas foram recebidos pelo presidente da casa, o senador Renan Calheiros. O senador Randolfe Rodrigues, relator da CPI do Ecad, que resultou no projeto de lei, também conversou com os cantores para discutir alguns pontos.
"Não estamos contra o Ecad, mas queremos nossos direitos", disse a cantora Roberta Miranda. Ela reforçou que as mudanças no projeto irão auxiliar tanto os antigos como os novos compositores.
"Não podemos transformar o Ecad em um vilão. Não é uma questão apenas de dinheiro, mas de direito e de respeito às pessoas", completou Carlinhos Brown lembrando que existem cerca de 400 mil autores musicais registrados no país.
O encontro não foi em vão. Na mesma noite, o plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei 129, que que cria novas regras para direitos autorais na produção musical e que estabelece que o Ecad passe a ser fiscalizado por um órgão específico, com prestação de contas da distribuição dos recursos, além da redução da atual taxa administrativa para 15%, deixando 85% da arrecadação para os autores.
"Vencemos meu povooo!!! Projeto aprovado!!!", vibrou o cantor Alexandre Pires pelo Twitter na noite desta quarta-feira.