Uma notícia triste para o mundo do cinema. O ator Robin Williams, de 63 anos, foi encontrado morto nesta segunda-feira (11) em sua casa, na cidade de Tiburon, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. A polícia do Condado de Marin trabalha com a hipótese de suicídio por asfixia, segundo comunicado enviado à imprensa.
Às 11h55 do horário local, a polícia recebeu um chamado do serviço de emergência 911, informando que o artista se encontrava em sua casa, em estado inconsciente e sem respirar. Imediatamente os socorristas foram para o local, mas, às 12h02, ele já estava morto.
De acordo com a nota da polícia, uma investigação abrangente será realizada antes de ser divulgado um laudo final sobre as causas da morte. A apuração inclui testes toxicológicos, que vão ser feitos nesta terça-feira (12).
Segundo a assessoria de imprensa do ator, ele enfrentava atualmente uma grave crise de depressão. "Essa é uma perda trágica e repentina. A família respeitosamente pede por privacidade para este momento de profundo sofrimento", informa o comunicado divulgado por uma pessoa da equipe de divulgação do astro.
A mulher de Williams, Susan Schneider, também manifestou seu luto por nota. "Perdi meu marido e meu melhor amigo, enquanto o mundo perdeu um de seus mais amados artistas e mais belos seres humanos. Estou com o coração partido", lamentou a viúva, que era casada com o ator desde 2011.
Vale lembrar que, no mês passado, Williams se internou em uma clínica de reabilitação em Minnesota para participar de um programa focado em manter a sobriedade por longos prazos. Na ocasião, representantes do artista disseram que ele não tinha retomado o vício, mas que a internação fazia parte de um amplo processo de recuperação.
Nos anos 1970, quando chegou ao sucesso interpretando o alienígena Mork na série de televisão "Mork & Mindy", o ator consumia álcool e cocaína em excesso. Ele só parou com os vícios em 1983, quando nasceu seu primeiro filho, Zachary Pym (Zak).
Por aproximadamente 20 anos ele ficou sóbrio e, com isso, viu sua carreira no cinema deslanchar. Nesse período, obteve quatro indicações ao Oscar e uma vitória pelo filme "Gênio Indomável" (1997), na categoria melhor ator coadjuvante.
Em 2003, no entanto, o astro voltou a beber. Isso o levou a ser internado em uma clínica de reabilitação em 2006, por intervenção da família. Em 2010, em entrevista ao jornal britânico "The Guardian", Williams assumiu que frequentava semanalmente as reuniões do Alcoólicos Anônimos (AA).
O ator participou este ano das filmagens do filme de comédia "Uma Noite no Museu 3", voltando a interpretar o papel de Teddy Roosevelt. Ainda este ano ele voltaria ao set para rodar a continuidade do longa "Uma babá quase perfeita", mais de 20 anos após o primeiro filme. Ele já havia confirmado que integraria o elenco.