Rivais na novela "A Força do Querer", Maria Fernanda Cândido e Débora Falabella acabaram se aproximando fora das telinhas. Durante participação no "Mais Você" desta quinta-feira (10), a intérprete de Joyce elogiou a companheira de cena e entregou que as duas se tornaram amigas: "Foi uma grata surpresa porque eu não conhecia a Débora pessoalmente. Estou adorando. Já aproveito para dizer. Estou gostando muito. A gente se dá bem. A gente conversa bastante". Falabella, aliás, disse que era necessário criar amizade com a atriz para poder atuar em cenas com grande intensidade - como a surra da dondoca e Ritinha (Isis Valverde) em Irene: "A gente tem que se dar bem em um trabalho assim. A gente lida com tanto ódio na cena que ele só funciona se a gente se der bem. É uma escolha mesmo de ir de mãos dadas e falar 'vamos fazer esse trabalho'".
No papel de Irene, Falabella admitiu que a vilã possui atitudes duvidosas e mereceu pagar por seu comportamento depois de se envolver com Eugênio (Dan Stulbach), marido de Joyce. No entanto, a atriz avaliou a força da arquiteta: "A Irene é indefensável. É uma mulher de caráter muito duvidoso. Mas ao mesmo é uma mulher que gosta de viver de uma forma muito aventureira. É uma mulher corajosa. Ela luta pelo o que quer".
Apesar de declarar que Irene é uma vilã, Falabella reiterou que é necessário culpar também Eugênio pela traição da esposa. "Acho que a gente nunca bota a culpa no homem. É uma coisa da nossa sociedade de falar sobre a outra mulher e nunca é questionado se o homem quis também. A primeira a ser acusada é a mulher. É muito machista. Ela é uma mau caráter, mas acho que a conta está muito para um lado só. É cultural, mas é até interessante a gente falar isso para quebrar esse problema de uma mulher com outra mulher."
Em conversa com o Purepeople, Maria Fernanda revelou que conversa sobre transexualidade com os filhos, Thomas, de 11 anos, e Nicolas, de 8. Na pele da mãe de Ivana (Carol Duarte), que iniciou o processo de transição de gênero, a atriz disse que era importante debater o assunto em casa: "As crianças já têm uma visão diferente do que a gente tinha. É um exercício também para nós de olhar para o ser humano e pensar que nada que é humano nos pode ser estranho".
(Por Tatiana Mariano)