O sumiço de Doralice (Rita Guedes) está dando o que falar em "Flor do Caribe". O ciúme excessivo que a cozinheira sente pelo enteado começou a gerar dúvidas sobre o que ela realmente sente por Juliano (Bruno Gissoni). Em conversa com o Purepeople, a atriz esclarece essa polêmica e explica o drama da personagem, que a partir do capítulo desta segunda-feira (8), vai aparecer morando em um convento na novela das seis da Globo.
A mudança no comportamento de Doralice, seguida de seu repentino sumiço, não surpreendeu somente aos telespectadores, segundo conta Rita Guedes: "Fui pega de surpresa, assim como o público. Essa virada não estava na sinopse, mas como esta é uma obra aberta, muitas coisas podem acontecer (...) Isso está causando alvoroço. As pessoas se dividem, tem gente que diz que não combina, que não me imagina nesse personagem. E outras pessoas acham bacana me ver em um personagem diferente".
Pela constante implicância de Doralice com a relação do enteado e principalmente com a nora, surgiram especulações de que ela estaria na verdade apaixonada pelo rapaz e por não suportar vê-lo se casar com Natália (Daniela Escobar), preferiu abandonar a família. Para a atriz, essa decisão da personagem tem outra explicação. "Eu e o Bruno (Gissoni) temos muita química. Então ficou difícill de acreditar que a Dora fosse mãe do Juliano, até por uma questão de idade. Mas quando ela se casou com Quirino (Aílton Graça), seu filho já era um rapaz feito, não foi criado pela madrasta. Esse ciúme dela é um cuidado exagerado, para que ele não sofra. E para piorar ainda tem a gravidez da Natália, que é uma mulher mais velha que ela. São sentimentos como ciúmes, que todo mundo tem, mas ninguém aceita. É ciúme de algo que ela não pode ter".
Após deixar a casa do marido, a cozinheira reaparece em um convento e seu destino a partir disso ainda é incerto. "Gravamos essa nova fase dela na quinta-feira (04). Ainda é uma surpresa para mim, só sei que ela está recolhida como devota beata nesse monastério, para poder se livrar desse ciúme, desse trauma. Ela quer ser uma pessoa melhor, porque ela é do bem. Ela vai começar a fazer caridade, vai cozinhar para os probres e levar comida para as pessoas carente nas ruas".
Para Rita, essa busca da personagem pela religião é uma tentativa de superar o fato de ser estéril e todo o sofrimento causado por essa sua condição. "Eu tive vários relatos de pessoas que tentaram passar por isso e a maioria delas se apega na fé, com Deus. Se a gente pensar bem, existe só uma maneira de você passar por isso: se doar... Esquecer a sua dor e pensar na dor dos outros", conta. E esse princípio não é só válido para a ficção, assim como Doralice, Rita se revela uma pessoa religosa: "Nos meus momentos difíceis, faço isso, me apego à minha fé. Sou espírita kardecista e quem tem um estudo da doutrina sabe que Deus é justo".