Renata Domínguez contou que teve síndrome do pânico no passado, assim como outras famosas como Camila Queiroz, que ficou um período sem andar de avião por conta da doença. A revelação foi feita nesta quinta-feira (8) pela intérprete de Sirlene, da novela "Sol Nascente", no "Encontro com Fátima". Segundo a atriz, que voltou à TV Globo após 15 anos na Record, ela lutou contra o problema enquanto estava no ar em uma novela.
"Começou absolutamente do nada. Não foi pós-trauma nenhum. Comentei com a minha família e quanto mais você escuta que é coisa da sua cabeça, pior você fica. A angústia aumenta e você acredita que está perdendo a lucidez, que está enlouquecendo. Você sabe que tem algo errado, mas não sabe o que é. Fiz um trabalho inteiro com o transtorno e precisei de ajuda psiquiátrica", relembrou Renata em conversa com Fátima Bernardes.
A atriz, que cuida da pele com borra de café e sal grosso, revelou ainda que conviveu com a doença sem que familiares e amigos soubessem. "Não contei para ninguém, porque a primeira reação na minha casa, até eles aprenderem a lidar, agravou um pouquinho. Só comentei depois que eu superei. Isso me ajudou muito, porque me vi obrigada a lutar contra. Não podia dar bandeira dentro de um estúdio de gravação. Quando a crise vinha com angústia e a sensação de morte, pedia para ir ao banheiro e fazia as minhas orações, meus exercícios de respiração. Isso foi me ajudando a sair", detalhou a artista.
Renata afirmou que amadureceu bastante depois de superar as crises de pânico. "Saí com um autoconhecimento que nunca tive. Aprendi a dizer não, a não engolir desaforo e a me posicionar. A segunda etapa da crise foi até mais dolorosa. Tive uma espécie de estranhamento. Parecia que eu tinha lapsos de amnésia e eu não me reconhecia. Parecia que a minha vida era toda feita de algodão. O sonho era muito mais real que a minha vida. Eu só queria dormir e isso era desesperador", desabafou.
(Por Caroline Moliari)