Camila Queiroz já havia citado uma crise de pânico ao lamentar o acidente envolvendo a equipe da Chapecoense, mas a atriz voltou a falar da fase conturbada. Acompanhada do namorado, Klebber Toledo, ela esteve no Prêmio Extra de TV na noite desta terça-feira (29), no Rio, quando detalhou o período de medo em que ficou sem andar de avião.
"Eu tive uma crise de pânico no aeroporto e não queria embarcar, porque se eu embarcasse, achava que ia morrer. Acabei perdendo o trabalho, porque a minha mala já estava embarcada e eu pedi para tirar. Achei que se eu embarcasse seria suicídio", relembra Camila.
O período de crise aconteceu quando ela voltou de Nova York, onde morava, para fazer a novela "Verdades Secretas". "Isso foi quando eu voltei para fazer a Angel. Fiquei uns quatro, cinco meses sem andar de avião por causa disso. Então fazia São Paulo-Rio de ônibus, porque não tinha coragem de andar de avião", conta a atriz, contemplada juntamente com o elenco de "Êta Mundo Bom!" por Melhor Novela na premiação desta terça, que teve momentos de emoção no palco.
Apesar de abalada, Camila explica que saiu da crise sem assistência médica. "Não precisei de psicólogo para me ajudar. Acho que, como foi uma coisa que eu coloquei na minha cabeça, eu quis tirar sozinha. Fui lutando contra mim mesma até acreditar que era uma coisa que eu tinha inventado", afirma.
Camila contou que havia lembrado de seu pânico de avião na véspera do acidente com 71 vítimas fatais entre jornalistas, atletas e integrantes do clube catarinense. "Ontem (segunda-feira) passou um filme de avião, acidente na Globo, e eu tava assistindo com o Klebber e falei que tinha passado por umas situações de turbulência em Medellín. E hoje quando eu acordei, foi um soco no estômago, de não acreditar que tava acontecendo. Eu tinha medo, mas nunca imaginei que isso pudesse acontecer um dia. Acho que a gente está aqui para celebrar a vida e tem que ter esperança, rezar pelas famílias e pelos meninos, dar mais valor à vida e não esperar essas coisas acontecerem", finaliza.
(Com apuração de Marilise Gomes e texto de Caroline Moliari)