Paulo Roberto Braga, de 68 anos, teve alta hospitalar há uma semana após internação em decorrência de uma pneumonia. No dia seguinte, terça-feira (16), o idoso se transformaria em assunto nacional ao ter a morte detectada em uma agência bancária para onde foi levado pela suposta sobrinha para sacar R$ 17 mil de um empréstimo.
Imagens de circuito de segurança reforçam que "tio Paulo" já chegou morto ao banco, embora Érika de Souza Vieira Nunes negue isso. A cabeleireira está presa desde aquele dia e acabou agredida na cadeia no final de semana, quando o homem foi sepultado, precisando de ajuda para pagar o enterro.
Ao mesmo tempo, a investigação tenta concluir a hora exata na qual "tio Paulo" perdeu a vida e se houve, ou não, intoxicação. Enquanto isso, novos detalhes da vida do idoso vêm à tona e revelam quem era o homem que acabou se tornando assunto também na mídia internacional.
Através de depoimentos à Polícia Civil já se sabe que muitos anos Paulo morou em uma casa humilde da comunidade da Avenida do Corretor na Vila Aliança, em Bangu, mesmo bairro da Zona Oeste onde foi detectada sua morte.
"Tio Paulo" não era casado e tampouco teve filhos. Ele nasceu em 29 de fevereiro de 1956 no Rio de Janeiro e tinha como hábito ficar na porta de casa para ver o movimento das pessoas. Dono de olhos claros e com 1.75m de altura, foi descrito como "alcoólatra" por uma irmã de Érika, disse "O Globo".
Contudo, um vizinho disse que "tio Paulo" não bebia cerveja, porém não dispensava a cachaça. Aposentado - a profissão ainda é desconhecida bem como sua renda mensal -, Paulo consertava gaiolas para ter um ganho a mais. O idoso chegou a ser descrito como uma pessoa ativa antes da internação por oito dias, a última antes de ficar debilitado e passar a usar uma cadeira de rodas.