A Festa da Banana foi cancelada após pedido do Ministério Público da Bahia. O evento teria show do cantor Gusttavo Lima - no alvo da CPI do Sertanejo - com cachê de R$ 704 mil, pago pela prefeitura de Teolândia.
O município está em estado de emergência desde 2021, quando chuvas fortes assolaram o sul da Bahia no ano passado. O cantor já declarou estar com desejo de "largar a toalha" por conta das polêmicas.
"Não é possível que o mesmo município, que informou necessitar de ajuda e recursos para salvaguardar a sua população de catástrofe natural, mesmo vivenciando um estado de calamidade televisionado para o Brasil inteiro, anuncie, em poucos meses, a contratação de artistas com cachês incompatíveis com as dimensões, arrecadações, necessidades de primeira monta e saúde financeira do município", declarou o Ministério Público da Bahia.
Essa não é a primeira polêmica envolvendo os altos cachês de Gusttavo Lima. Em uma cidade de Roraima com 8 mil habitantes, foi cobrado o valor de R$ 800 mil. Em Minas, uma apresentação onde o cachê do cantor era R$ 1,2 milhão, foi cancelada. O cantor ainda fez uma live para se explicar com seus fãs e acabou recebendo críticas de Felipe Neto, além de receber uma mensagem de Zé Neto, responsável pelo início de toda a polêmica, em tempo real.
"Nunca me beneficiei sobre dinheiro público, empréstimo, ou algo do tipo. Minha vida foi sempre trabalhar. Em 2019, fiz quase 300 shows. Temos uma equipe gigantesca. Não compactuo com dinheiro público. Pago todos os meus impostos em dia. Acho que todos os artistas já fizeram ou fazem shows de prefeituras. É sobre valorizar nossa arte. Se o que a gente tem é nossa música, nossa voz, a gente ganha dinheiro com isso", esclareceu Gusttavo Lima que, ao lado da mulher, Andressa Suita, está na mira de processo de um ex-funcionário.