Ao contrário do que aconteceu com Rebeca Andrade e Rayssa Leal, a Mayra Aguiar, judoca brasileira, não conseguiu sair vitoriosa do tatame das Olimpíadas de Paris 2024, na manhã desta quinta-feira (01/08), e desabou de chorar.
Medalha de bronze na categoria de até 78 quilos nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, a atleta enfrentou a italiana Alice Bellandi, que é a atual líder do ranking mundial, logo em sua estreia. Frustrada com o resultado negativo de sua luta e, consequentemente, eliminação, Mayra não conteve as lágrimas ao ser entrevistada ao vivo por Marcelo Courrege, repórter da Globo.
Antes de perguntar qualquer coisa para a judoca, o jornalista fez um breve resumo da carreira dela e relembrou, inclusive, o pódio que ela subiu na capital japonesa há três anos.
"Eu não ia chorar. Posso te dar um abraço?", pediu ela, que prontamente teve seu desejo atendido por Courrege, agradecendo-o pelas palavras.
"É bom escutar isso. A gente se cobra muito. Óbvio que tem a cobrança externa, mas a interna é sempre muito, muito grande. brigada pelas palavras, obrigada pelo carinho. Vamos voltar para casa, vamos colocar a cabeça no lugar e levantar de novo. O judô é uma coisa que me ensinou muito para a vida inteira: cai, levanta", complementou ela.
Essa não foi a primeira vez que Mayra e Alice se enfrentaram no tatame. Ao todo, já foram quatro lutas entre a brasileira e a italiana -todas com vitória para Bellandi. O combate de hoje foi para o golden score e acabou decidido por mais uma vitória de Alice com um waza-ari.
"É uma luta sempre muito dura, um estilo de jogo que ainda não aprendi a jogar, mais estratégico. Eu sempre busquei muito golpe. Infelizmente não deu. Ela foi melhor. É triste, é ruim, uma derrota amarga", lamentou Mayra.