O que é lipedema, a doença que fez Luana Andrade optar por lipoaspiração no joelho?
Publicado em 9 de novembro de 2023 às 11:51
Por Marilise Gomes | Beleza & Estilo
Ama escrever sobre beleza, estilo, TV e astrologia. Curiosa, sabe que a autenticidade é segredo para o melhor look do dia.
Após a morte da influenciadora Luana Andrade, amiga da influenciadora revelou que ela passou pela cirurgia por ter sido diagnosticada com lipedema. Cirurgiã vascular conta em detalhes como essa doença é comum e deve ser tratada.
O que é lipedema, a doença que fez Luana Andrade optar por lipoaspiração no joelho? O lipedema se caracteriza pelo acúmulo irregular de gordura com aumento desproporcional no tamanho dos membros Mulheres que percebem um acúmulo desproporcional de gordura no culote podem ter lipedema Caso sinta dor ao toque, você pode ter o diagnóstico de lipedema, aponta cirurgiã vascular A sensação de inchaço é outro sintoma do lipedema, de acordo com cirurgiã vascular
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A influenciadora e assistente do "Domingo Legal" Luana Andrade morreu aos 29 anos por complicações de uma lipoaspiração no joelho. Segundo pessoas próximas à jovem, o motivo que a fez procurar o procedimento estético (entenda aqui mais sobre essa cirurgia) foi o diagnóstico de lipedema.

O lipedema é uma doença caracterizada pelo acúmulo de tecido gorduroso com aumento desproporcional no tamanho dos membros. "Ela afeta principalmente áreas como coxas, culotes, quadris e pernas, mas, eventualmente, pode atingir também os braços, porém, com menos frequência. Além disso, o lipedema é sempre simétrico", aponta a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Lipedema ganhou 'status' de doença há pouco tempo

O médica ainda indica que, muitas vezes, a paciente com lipedema passa a vida como uma "falsa magra". "Isto é, magra da cintura para cima, mas com pernas grossas. Muitas vezes, acredita que esse é o padrão de corpo familiar, já que o lipedema realmente pode afetar várias mulheres da família, então não pensa que pode ser um problema", afirma.

"Como até pouco tempo o lipedema não era considerado uma doença, a literatura científica sobre seus mecanismos ainda é muita escassa. Dessa forma, a própria comunidade médica ainda está tomando consciência sobre a doença e se capacitando para o tratamento", explica a cirurgiã vascular.

Quais são os sinais principais de lipedema?

Além da percepção visual do depósito maior de gordura nas regiões do corpo já citadas, é comum que a paciente perceba cansaço acima da média, inchaço e dor ao toque.

"Não é incomum que a portadora de lipedema estranhe ao se submeter a uma drenagem linfática ou massagem relaxante, já que experiência, que deveria ser agradável, geralmente é acompanhada de dor e sensibilidade ao toque", afirma a especialista, que ainda destaca aumento da frequência de hematomas espontâneos e maior tendência ao acúmulo de líquido como outros sintomas da doença.

A cirurgiã vascular aponta que, segundo as estimativas, 10% das mulheres sofra com o problema. "Além disso, é uma doença genética e comumente atinge várias pessoas da mesma família", diz a médica.

Ela ainda revela que existe uma forte correlação entre distúrbios hormonais e o avanço da doença. "Por isso, observamos picos de piora e manifestação da doença em períodos hormonais: puberdade, uso de anticoncepcionais, gestação e menopausa", detalha Dra. Aline Lamaita.

Como tratar o lipedema?

A cirurgiã explica que o lipedema é uma doença que requer tratamento multidisciplinar. "É necessário que o médico se dedique a estudar o problema e entenda as várias áreas de conhecimento necessárias para direcionar as pacientes de maneira adequada", diz a especialista.

Apesar de ser uma doença crônica, isto é, sem cura, o lipedema pode ser controlado quando devidamente abordado. "Um bom tratamento de lipedema começa pelo cirurgião vascular, mas o acompanhamento com nutricionista, fisioterapeuta e, eventualmente, ortopedistas e cirurgiões plásticos também é fundamental", diz a Dra. Aline Lamaita.

Mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma alimentação anti-inflamatória e prática regular de atividade física são estratégias importantes para controlar a evolução do lipedema. "Mas outras medidas devem ser adotadas, como uso de meias de compressão e medicamentos e até mesmo a realização de procedimentos cirúrgicos para a retirada do tecido gorduroso doente, como a lipoaspiração", finaliza.

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