Elisabeta (Nathalia Dill) e Darcy (Thiago Lacerda) bem que vão tentar viver um a história de amor na novela "Orgulho e Paixão", nova trama das seis que estreia nesta terça-feira (20). Mas o casal protagonista vai ser impedido de ficar junto por Susana, vilã interpretada pela atriz Alessandra Negrini. Em entrevista ao Purepeople, Thiago Lacerda conta o que motiva a funcionária de Julieta (Gabriela Duarte) a insistir em atrapalhar o amor dos dois.
A ambição vai mover a vida de Susana, e será por causa do desejo por dinheiro que ela vai lutar para frustrar o namoro de Dracy e Elisabeta, jovem que já tinha traços do feminismo em seus ideias no início do século XX. "Susana, personagem da Alessandra (Negrini), manipula os desencontros do núcleo romântico e ela está fazendo de um jeito muito gostoso, surpreendente", fala Thiago Lacerda em elogio à colega de cena. "Ela defende os interesses econômicos da Julieta e do Camilo (Maurício Destri), só que ela tem desvios éticos e morais. O caráter dela é estranho, e isso faz com que ela seja um tipo de vilã. Mas eu não gosto muito dessas etiquetas, prefiro imaginar que ela é uma titereira, uma manipuladora de desencontros", afirma o ator.
Elisabeta fica encantada por Darcy, mesmo vendo o mundo de forma bem diferente do amado. Thiago Lacerda, no entanto, aponta semelhança entre os dois: "Eles têm o temperamento muito parecido, mas o Darcy me parece ter um conflito mais duro. A Elisabeta tem os conflitos dela, mas é uma mulher que já está mais à frente dele. Elisabeta é a evolução da espécie do Darcy, mas ele consegue olhar para frente e enxergá-la". Apesar de conturbado ao decorrer do tempo, o relacionamento dois - que terá Ernesto, vivido por Rodrigo Simas, como um terceiro integrante - se inicia à primeira vista. "É uma aproximação natural. É um encontro imediato, uma identificação imediata, que vive a turbulência do entendimento normal da vida. Eles pensam: 'Que mulher é essa?', 'Que homem é esse?' A medida que a história vai andando, eles vão se reencontrando depois de alguns desencontros, que vão sendo resolvidos. Imagino que, no final, os personagens se entendam e fiquem juntos. Acho que esse é o caminho natural da história", conta o intérprete do mocinho.
O ator afirma que seu personagem, assim como a de Nathalia Dill, enfrenta batalhas internas grandes, principalmente para equilibrar sua profissão com seus valores pessoais. "Darcy é um homem da cidade, do mundo, dos negócios. É um industrial inglês, mas é humanista, curiosamente. Isso é um elemento que gera conflito também. Como ser um homem de negócios no auge da Revolução Industrial, considerando o humano e estabelecendo uma prioridade nessa relação", diz. Ele ainda acrescenta que Darcy pensa de forma diferente aos seus contemporâneos: "É um homem com os seus conflitos, que pertence à sua época mas tem um pensamento à frente de sua época".
(Por Carol Borges)