Neymar, o Barcelona e o Santos serão julgados entre os dias 17 e 31 de outubro, na Espanha, por conta de acusações de fraude e corrupção. Segundo o CNN Brasil, um promotor espanhol pediu pena de dois anos de prisão para o jogador, dono de um dos maiores salários do mundo, devido a um processo de peculato, onde há subtração ou desvio de dinheiro público.
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O alvo do processo é a transferência de Neymar do Santos para o Barcelona, em 2013. A denúncia foi feita após a suspeita de que o jogador teria omitido valores de sua transação para o time europeu.
Há a suspeita de omissão de rendimentos do trabalho, omissão de rendimentos de fontes do exterior, omissão de rendimentos pagos pelo clube de futebol espanhol estrangeiro, falta de pagamento de Imposto de Renda e outros. Com isso, o craque e os dois clubes se tornaram réus por crimes de sonegação fiscal, fraude e corrupção.
O imbróglio teve início por conta de um grupo de investimentos do Brasil, que possuía parte dos direitos de transferência do Neymar. Eles alegaram que não receberam os valores na íntegra. A empresa ainda afirma que o contrato foi fraudado para que ela recebesse menos. Por conta dessa reivindicação, as Justiças brasileira e espanhola passaram a investigar se houve, de fato, ocultação dos valores desta negociação.
A Justiça espanhola suspeita de que o valor real do contrato foi 83,3 milhões de euros, quando a informação divulgada oficialmente pelo Barcelona dava conta de que a transferência havia custado 57,1 milhões de euros. Eles trabalham com a tese de que o valor foi distribuído em contratos paralelos para esconder o real valor.
O Ministério Público da Espanha exige o pagamento de 8,4 milhões de euros, cerca de R$ 44,3 milhões, e dois anos de prisão para Neymar e o pai e de um ano para a mãe. Além da família, o ex-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, e Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, respectivamente, presidente e vice-presidente do Barcelona na época, também são acusados.