Seja na realidade e ou na ficção, Nathalia Dill defende a igualdade de gênero e sempre se posiciona
à respeito da luta feminista. À revista "Cosmopolitan" deste mês, a atriz falou sobre a disparidade de oportunidades entre homens e mulheres em postos de poder. "Não somos estimuladas a nos tornarmos líderes e as portas não se abrem tão facilmente para nós em cargos de comando. Está vendo por que o feminismo é tão necessário?", disse a intérprete de Elizabeta em "Orgulho e Paixão".
À publicação, ela se afirmou favorável a legalização do aborto, posição defendida por outras celebridades, como Monica Iozzi. "As ricas quando têm uma gravidez indesejada abortam com segurança, enquanto as pobres morrem em lugares clandestinos. Isso é ser a favor da vida?", questiona Nathália. Ativa nas redes sociais, ela contou ainda como lida com os comentários negativos diante de postagens na qual se posiciona diante de tais questões. "Deixei de ter tanto medo de dar a cara a tapa. Por outro lado, brigo menos", afirmou.
Além dos looks poderosos no tapete vermelho, o festival de Cannes traz, em 2018, um júri com maioria feminina. Presidente dos avaliadores, Cate Blanchett defendeu a decisão durante coletiva de imprensa de abertura. "Existem mulheres na competição não pelo seu gênero, mas pela qualidade do trabalho que realizam. Nós vamos avaliá-las como cineastas, como deve ser feito. Mudanças profundas não acontecem da noite para o dia, mas a partir de algumas medidas duradouras", argumentou a australiana. "É preciso trabalhar muito e observar o que está sendo feito no sentido de estimular a diversidade e a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Aqui temos uma mulher presidente e mais quatro jurados homens e quatro mulheres. Estamos num bom caminho", ponderou a artista, acrescentando que acredita no crescimento feminino dentro do festival de cinema francês. "Se eu queria ver mais mulheres na competição? Claro que sim. Se espero ver mais mulheres no futuro? Espero. Mas lidamos com os filmes que temos"
(Por Marilise Gomes)