A vida de Ayrton Senna foi muita comentada nos últimos meses por conta da série “Senna”, mas novas histórias não reveladas ainda virão à tona no livro “Histórias da TV que você não vê”. A obra traz relatos da carreira do famoso produtor da TV Globo Sérgio Madureira. Finalizado um ano antes de sua morte, o projeto será lançada no próximo dia 11 pelos filhos dele, Aimée e Luã Madureira.
Em trechos do livro divulgados pelo jornal O Globo, o produtor comenta sobre a constante presença de Ayrton nos bastidores do programa “Xou da Xuxa”, nos tempos em que namorava com a apresentadora.
"Era comum encontrar Ayrton Senna sentado no carpete da switch do antigo Teatro Fênix (no Rio), esperando Xuxa terminar de gravar seu programa. Senna passava a tarde assistindo às gravações. Costumava usar jeans e camiseta branca. Tão comum quanto qualquer outro ser. Depois de algum tempo, ninguém (a não ser eu) dava mais bola para aquela celebridade internacional. Era como se ele fizesse parte da equipe. Nos intervalos, Senna entrava no estúdio e de lá ia para o camarim da namorada. Depois saíam para jantar cercados dos seguranças de Marlene Mattos, o que deixava o casal extremamente constrangido", relata.
Uma solução encontrada para fugir do cerco de Marlene, a quem Xuxa atribui o fim do relacionamento, foi agendar um Réveillon em Nova York no começo dos anos 1990. No entanto, nada saiu como planejado.
“Senna telefonou para Xuxa dizendo que estava no Japão e só chegaria no dia seguinte. Xuxa ficou brava, discutiu com ele, mas acabou perdoando, afinal a agenda do namorado, assim como a dela, era passível de tudo. Inclusive de fazer com que o maior piloto da História do automobilismo mundial passasse a noite mais importante do ano longe de amigos, de familiares e da namorada”, diz um trecho.
Mas tudo não passava de uma pegadinha de Senna para surpreender a namorada. Ele já estava em Nova York, com joias e flores, e pretendia aparecer no apartamento dela pouco antes da meia-noite. Ao chegar no local, a surpresa foi dele.
“O porteiro (brasileiro) o recebeu: ‘Ayrton Senna, que honra receber o senhor aqui!’. Senna sorriu: ‘Eu vou subir. Não interfona para ela, não. É surpresa. Ela pensa que estou no Japão’. ‘Eu já sei. Ela saiu para passar o Réveillon na companhia de uns amigos brasileiros, já que o senhor não viria’. Carregado de presentes, o campeão passou o Réveillon sozinho, sentado na calçada", expôs Sérgio.