Eike Batista e seus familiares estão lidando com imprevistos recorrentes na vida de milhões de brasileiros após o retorno deles à classe média - fato avaliado pelo empresário como um "baque gigantesco". De acordo com o colunista Lauro Jardim, da revista "Veja", nesta semana, a mulher do empresário, Flavia Sampaio, teve seu cartão de crédito recusado em um supermercado localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Imediatamente, a socialite ligou para o marido, que já foi o sétimo homem mais rico do mundo e viu sua colocação despencar em 2013, mas nada se resolveu. Ainda segundo o colunista, nas últimas semanas, Flavia Sampaio tem visitado com frequência o que restou na sede do grupo X, na Praia do Flamengo, na capital fluminense, por causa da crise que o marido enfrenta.
Justiça determinou bloqueio de R$ 3 bilhões
Eike Batista é acusado na Justiça de ter usado indevidamente informações privilegiadas para negociar ações e, assim, manipular o mercado de capitais. Com isso, o juiz Flávio Roberto de Souza determinou o bloqueio de R$ 3 bilhões em bens do empresário para supostamente reparar os danos sofridos por investidores e também usar o valor no pagamento de multas.
A decisão incluiu a família do empresário e até mesmo sua ex-mulher, Luma de Oliveira, porque há a suspeita de que ele teria transferido bens para eles ao saber que o Ministério Público entraria com uma denúncia pedindo bloqueio de suas posses.
Juiz foi flagrado dirigindo carro de Eike Batista
O caso, no entanto, teve uma reviravolta nesta semana. O juiz que determinou o bloqueio dos bens de Eike foi flagrado dirigindo um dos carros de luxo que haviam sido apreendidos. Para piorar a situação, outros dois automóveis estavam na garagem do prédio do magistrado, quando deveriam estar no pátio da Justiça Federal aguardando um leilão, que aconteceria nesta semana, mas, com a confusão, foi cancelado.
Em sua defesa, o juiz alegou que os carros de luxo de Eike não ficaram no pátio da Justiça Federal porque simplesmente não havia vaga. O magistrado teria pego, então, os veículos mais caros e os estacionado nas vagas cobertas do prédio onde mora, mas com o consentimento do Detran. Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", Flávio Roberto de Souza disse que isso é "absolutamente normal".