Em 2012, Eike Batista apareceu na lista da revista "Forbes" como o sétimo homem mais rico do mundo. Na época, o empresário possuía um patrimônio de mais de 30 bilhões de dólares. Os tempos áureos, no entanto, ficaram para trás. Suas empresas começaram a ruir e, hoje, ele apresenta um patrimônio negativo de 1 bilhão de dólares.
Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", Eike Batista comentou sua atual situação financeira. "Nasci como um jovem de classe média e você voltar para isso... É um negócio para mim, sabe... É óbvio que é um baque gigantesco na família", disse ele.
Para piorar a situação do empresário, recentemente, o Ministério Público Federal apresentou denúncia contra ele e ainda pediu o bloqueio de suas contas.
O órgão acusa Eike de ter usado indevidamente informações privilegiadas para negociar ações e, assim, manipular o mercado de capitais. "Não cabe a mim opinar sobre a Justiça. Quem tem que opinar é o dr. Sérgio (Bermudes, seu advogado)", limitou-se a dizer o ex-bilionário.
Antes do bloqueio de bens, Eike teria transferido alguns patrimônios para familiares. Seu filho mais velho, Thor, por exemplo, teria recebido a casa onde ele mora, no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio.
Ele, junto com o irmão Olin, também seria o novo dono de uma propriedade no município de Angra dos Reis, no litoral fluminense. Flávia Sampaio, mulher de Eike, teria recebido um apartamento no bairro de Ipanema, no Rio. Juntos, os imóveis seriam avaliados em cerca de R$ 55 milhões.
Questionado pela "Folha de S. Paulo" se não teme questionamentos por causa das transferências recentes, Eike mostrou-se despreocupado. "Planejamento familiar. Começa a dividir seus ativos com os filhos", disse. "Todo mundo faz. Você não faria? Acidentes acontecem toda hora".