Big Brother Brasil sem polêmica não existe. Antes do tema pedofilia ser abordado no programa, apresentado por Pedro Bial, uma questão já havia sido motivo para debate no reality show: o uso de umas esponjas temáticas em que um dos modelos era um dançarino negro com black power. Algumas pessoas levantaram que era racismo por conta do cabelo do boneco lembrar uma palha de aço.
Desta forma, após muitas denúncias ao Ministério Público Federal, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Rio de Janeiro instaurou um procedimento preparatório para apurar possível prática de discriminação racial. "O objeto reforça um estigma de comparação entre o cabelo crespo e uma esponja de aço e contribui para ofender a imagem do negro no país", diz o comunicado oficial do MPF.
Procurada pelo Purepeople, a assessoria da TV Globo esclareceu. "A esponja citada, representando um dançarino disco dos anos 1970, faz parte de uma coleção que retrata ícones de gerações e culturas diversas, como uma moça descolada dos anos 60, um soldado da guarda inglesa e até a rainha Elizabeth. Estes outros modelos estão sendo colocados na casa conforme as necessidades de uso e já podem ser vistos no ar."
Ronan arrumou outra utilidade para o utensílio
O paticipante Ronan, de 27 anos e desafeto do colega de confinamento, Daniel, foi o primeiro a perceber o boneco-esponja. No entanto, ele decidiu usar como microfone, anulando a função principal do acessório que era lavar louça. "Por que tem que ser um negro? Isso aqui não vai ser usado para lavar nada. Eu vou cuidar de você, Will", disse o brother, que batizou o boneco e já foi chamado de psicopata por Adélia.
(Por Victor Tavares)