Alain Resnais, cineasta francês, diretor do filme "Hiroshima, meu amor" (1959), morreu aos 91 anos na noite deste sábado (1º) em Paris, na França. O anúncio da morte foi feito pelo produtor Jean-Louis Livi, que trabalhou com Resnais em seus últimos projetos.
Resnais influenciou gerações do cinema tendo sido destaque no movimento Nouvelle Vague, na França. Um dos filmes mais famosos foi "O ano passado em Marienbad" (1961), que junto com "Hiroshima" garantiram reconhecimento na indústria do cinema. No currículo de Resnais há também "A guerra acabou", "Providence", "Smoking e no smoking" e "Ervas daninhas".
O cineata foi premiado cinco vezes no "César", levando o título de melhor diretor e reconhecido por revelar o melhor filme, por três vezes. Ele também garantiu dois Ursos de Prata no Festival de Berlim e outros prêmios no Bafta e no Festival de Veneza.
Alain recebeu a última homenagem pela longa "Aimer, boire et chanter" em fevereiro deste ano na 64ª edição do Festival de Berlim, mas não foi marcou presença por já apresentar dificuldades para andar devido a um problema no quadril. A sua esposa e atriz Sabine Azèma falou sobre o marido em entrevista dada ao jornal "O Globo".
"O Resnais sabe que a morte vai chegar e a aceita. Mas ele não separa a morte da vida. Por isso continua fazendo filmes, por esse seu amor à vida", disse Sabine.
Em comunicado, o produtor Livi contou que o cineasta estava em plena fase de produtividade, aos 91 anos: "Ele estava preparando, comigo, um outro filme, do qual ele também era roteirista".