Viúvo, filhos, amigos e fãs de Rita Lee se reuniram na missa de 7º dia da cantora na Paróquia São Pedro e São Paulo, no parque Alfredo Volpi, em São Paulo, nesta terça-feira (16). A "rainha do rock brasileiro" morreu aos 75 anos no último dia 8 em sua casa, dois anos após receber um diagnóstico de câncer no pulmão e milhares de fãs foram ao velório, onde uma de suas irmãs impressionou pela semelhança com ela.
Um dos primeiros a chegar para a cerimônia celebrada pelo Padre Antonio Torres e transmitida pela internet foi o filho da artista João Lee. Depois, os irmãos dele, Antônio e João, todos filhos do casamento de Rita com Roberto de Carvalho, que emocionou os telespectadores do "Fantástico" ao conceder a primeira entrevista depois da morte da mulher.
A cantora e compositora Pitty e a atriz Marisa Orth também prestaram suas homenagens para a intérprete de sucessos como "Doce Vampiro", "Alô Alô Marciano" e "Baila Comigo", atriz, apresentadora e autora de "Outra Autobiografia", que será lançada no próximo dia 22, exatas duas semanas após sua morte.
Marisa contou que não pôde ir ao velório por questão de saúde, destacou o legado de Rita e afirmou: "Era muito bom, fácil, doce (o convívio com Rita). Era muito engraçada, muito simples. Exatamente como ela parecia, ela era. A Rita foi guerreira, uma doença muito forte e a gente queria que ela vivesse até os 110 com saúde".
Parceiro de vida e de palcos de Rita Lee, Roberto de Carvalho contou ao "Fantástico" como foram os últimos momentos com a mulher. "Até o fim ela nunca quis partir. Ela sempre tinha um monte de planos de escrever, de fazer músicas. Eu disse a ela: 'queria trocar de lugar com você porque você tem muito mais coisa para fazer do que eu. Eu vou e você fica'", relatou.
"Ela foi perdendo cabelo, a capacidade de andar, de pensar. Mas os momentos finais dela foram de uma leveza, calma, doçura. Nós estávamos todos juntos com ela. E a última fase, na cama, ela parecia uma criancinha, um passarinho. A respiração (fraca) foi parando. E ela foi em paz", descreveu o avô de Arthur, de 5 anos, última pessoa a ganhar um autógrafo de Rita.