A assessoria de imprensa de Marília Mendonça afirmou, em comunicado, que o avião em que a cantora estava quando morreu já pertenceu à dupla Henrique e Juliano. De acordo com a nota, onde também foi esclarecido de onde saiu a informação de que a cantora teria sido resgatada com vida, a dupla vendeu a aeronave para a empresa de táxi aéreo responsável pela viagem fatal.
"Henrique & Juliano venderam a aeronave de modelo C90A, número de série LJ-1078, pouso convencional 2 motores turbo-hélice em 09 de julho de 2020 para empresa PEC TÁXI AEREO", informa a nota. Na mesma época, marcada pelo auge da pandemia do coronavírus e a impossibilidade de apresentações presenciais, Marília também vendeu o avião particular.
Considerados os padrinhos da "rainha da sofrência", Henrique & Juliano eram amigos e parceiros musicais de Marília Mendonça há muitos anos. Foi ela quem compôs um dos principais hits dos rapazes, "Cuida Bem Dela". No sábado (06), a dupla acompanhou o cortejo fúnebre da artista, ao lado de Maiara & Maraísa.
O bimotor, fabricado em 1984, podia transportar até seis passageiros e estava em situação regular, com autorização para táxi aéreo. No entanto, horas depois do acidente que matou Marília Mendonça, denúncias sofridas pela empresa vieram à tona. O texto, relatado pelo Ministério Público Federal (MPF) de Goiás para a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), afirma que o avião que transportava a cantora teria "irregularidades que colocam em risco tripulantes e passageiros".
Em março, uma reclamação anônima afirmava que o para-brisas anterior da aeronave modelo PT-ONJ apresentava um aquecimento, o que causaria dificuldade tanto nos pousos, quanto nas decolagens. Após as denúncias, o item foi consertado. Além disso, a empresa também foi acusada pelo MPF de colocar "pilotos com jornada de voo estourada para voar".