O "Encontro" desta segunda-feira (11) abordou o tema distúrbio alimentar e teve Mariana Goldfarb como uma de suas convidadas. Pelo programa, a namorada de Cauã Reymond recordou sua luta contra a anorexia. "Pra mim, o momento crucial foi quando passei 20h sem comer nada. A noite, quando estava apenas tentando me manter em pé, vi uma barra de chocolate e pensei: 'Vou comer só um pedacinho'. Eu me descontrole, comi a barra inteira e depois olhei pro papel, sem nada, e fiquei: 'vou engordar muito' e fui vomitar no banheiro. Depois que eu vomitei eu pensei: 'que que eu to fazendo comigo?'. Eu me bati na cara três vezes e fui procurar ajuda. Você não enxerga e você precisa de ajuda pra reconhecer a sua potência de dentro pra sair", contou. Recuperada, a modelo já removeu chip da beleza e tirou botox e preenchimentos do rosto.
No bate-papo com a apresentadora Patrícia Poeta, que trocou manequim 40 pro 36 após reeducação alimentar, a apresentadora do Canal OFF disse ainda ter tido sua menstruação interrompida por quase dois anos por sofrer com o transtorno alimentar. "Eu tive amenorréia. Eu estou voltando agora, depois de um ano, quase dois. Pra mulher é supergrave", comentou ela, adepta da dieta sem carne e frango.
Segundo Mariana, os elogios ao corpo supermagro lhe dava forças a continuar sem comer. "É muito triste. Comecei minha carreira como modelo, acho que isso está em mim, desde muito cedo. Só que o estopim foi há um ano e meio atrás, quando me vi sendo atacada por esse padrão, mídia e pessoas que acham que a gente tem que estar sempre com corpo perfeito, sobrancelha no lugar e a roupa mais bonita. Nunca é o suficiente e me vi numa corrida louca para estar num modelo ideal. Fui definhando, emagrecendo, entristecendo... sempre fui muito alegre, com muita vida, mas me vi completamente presa, uma prisão onde não conseguia comer um brócolis, até água de coco não conseguia comer. Quanto mais magra eu estava, mais elogio, principalmente das mulheres, eu tinha. E eu nem tinha noção que daquele jeito eu influenciava pessoas de maneira negativa, aquilo faz mal".
(Por Rahabe Barros)