O período de quarentena por conta da pandemia de Covid-19 transformou a rotina de famosos e anônimos. Alguns têm passado mais tempo com a família, outros aprenderam a se exercitar em casa. Para a jornalista Marcela Monteiro, o momento trouxe também uma mudança profissional. Após 14 anos na Globo, ela está desde março deste ano na CNN e atua na linha de frente das hard news. "É muito trabalho, correria, mas também muito gratificante poder informar a população em meio a essa pandemia. Um momento peculiar em que a importância da imprensa de qualidade se faz ainda mais evidente", conta em entrevista ao Purepeople.
Assim como Otaviano Costa, com quem trabalhou no "Vídeo Show", Marcela vê a comunicação como base de sua trajetória que, agora, é explorada em uma nova vertente. "Significa um novo ciclo na minha vida profissional. Tenho a sorte de colecionar etapas incríveis na minha carreira. Acredito que essa é mais uma. E ainda vem com a chance de mostrar para o público e para os profissionais da área uma 'versão mais jornalística' da Marcela comunicadora", analisa a jornalista, que também passou pelo "É de Casa" - programa do qual Zeca Camargo se despediu no fim de maio após não renovar o contrato com a Globo.
Marcela aponta ainda uma mudança em seu closet trazido pela nova fase. Agora, itens mais básicos e neutros estão mais presentes do que nunca. "Eu usava muito macacão, vestido...muita cor, estampa, no entretenimento. Agora é tudo mais liso. Temos camisas, blazer", lista a comunicadora. E, seguindo a tendência do conforto quando o assunto é calçado, um item virou queridinho. "As sandálias também deram lugar aos tênis! Geralmente não aparece o pé e como estamos sempre na rua correndo de um lado para outro, essa virou uma opção mais prática e confortável", conta.
Diante de histórias de superação e dificuldade, Marcela valoriza o lado sensível do jornalismo. "Nunca nem tentei não me envolver. Bate um coração aqui dentro e é normal (e saudável) se emocionar. O que eu procuro fazer é não deixar os sentimentos atrapalharem a condução da história. Mas se o olho encher d'água, se a voz embargar, não vejo problemas, vejo humanidade nisso", argumenta.
Tecnologia é aliada na hora da saudade
A jornalista mora com a mãe e, ao chegar em casa, segue um protocolo de prevenção rigoroso. "Não entro com o calçado que usei na rua. Tiro a roupa toda na entrada e já deixo separada. Lavo as mãos. Corro para o banho. Tem todo um esquema já organizado", pontua Marcela, entusiasta das lives e conversas de vídeo para diminuir a saudade: "Parentes e amigos só virtualmente agora. Pelo menos, temos a tecnologia para ajudar a gente a encurtar essas distância
(Por Marilise Gomes)