Cate Blanchett brilhou no tapete vermelho da première do longa 'Cold War (Zimna Wojna)', realizado na noite desta quinta-feira (10), no Festival de Cannes, por onde look cheios de personalidade têm roubado a cena. Presidente do júri do evento, a atriz apostou em um vestido balonê, tendência apontada na Semana de Moda de Paris, da estilista grega Mary Katrantzou: de seda, a peça integra a coleção Primavera 2018 da marca e tem estampa floral preta e branca, com alguns números, e, em outra parte, os desenhos do tecido aparecem bordados com lantejoulas e cristais, trazendo uma onda de cor à produção e passando a ideia de uma obra de arte ainda em construção. Nas joias, a australiana continuava vestindo a natureza: ela apostou um conjunto de aneis coloridos da Chopard em formato de borboletas. Nos pés, completou a produção com um salto Aquazzura Eclipse dourado.
Ao participar de uma exibição do filme "Everybody Knows", Cate Blanchett apareceu com o um longo Armani Privé usado por ela no Globo de Ouro 2014, vencido por ela na categoria Melhor Atriz. Ao "Hollywood Reporter", a australiana explicou que a decisão faz parte do "Green Carpet Challenge" (Desafio do Tapete Verde, em tradução livre do inglês), que valoriza a sustentabilidade na moda. "Da alta costura às camisetas, os aterros estão cheios de roupas que foram desnecessariamente descartadas. Particularmente com todas as questões climáticas atuais, parece teimoso e ridículo que tais roupas não sejam valorizadas e reutilizadas por toda a vida", afirmou.
Durante a coletiva de imprensa do Festival, a atriz falou sobre a maior representatividade feminina na atual edição. "Existem mulheres na competição não pelo seu gênero, mas pela qualidade do trabalho que realizam. Nós vamos avaliá-las como cineastas, como deve ser feito", disse Blanchett sobre a competição, cujo júri não era presidido por uma mulher há quatro anos: "Se eu queria ver mais mulheres na competição? Claro que sim. Se espero ver mais mulheres no futuro? Espero. Mas lidamos com os filmes que temos. Não me importo se temos filmes de diretores iranianos, homens, mulheres, transgêneros". Na sequência, ela se corrigiu e fez um alerta: "Oh! Não temos um transgênero na competição? Acho que falhamos aqui!"
(Por Marilise Gomes)