Laura Cardoso, aos 96 anos, é um dos baluartes da TV, onde estreou em 1950, ano da chegada do veículo ao Brasil. Reverenciada com três homenagens ano passado durante o Festival de Cinema de Gramado (Rio Grande do Sul), a veterana é a artista que a Globo celebra em "Tributo" nesta noite de sexta-feira (26) às 23h15 após o "Globo Repórter".
Com mais de 70 anos de carreira só na telinha, onde fez personagens memoráveis nos remakes de "Mulheres de Areia" (1993), "A Viagem" (1994, atualmente em nova reprise no Viva e da qual teve que se afastar por problema de saúde) e "Gabriela" (2012), a artista batizada de Laurinda de Jesus Cardoso Balleroni teve três filhos (Fátima, José e Fernanda), frutos do casamento com o ator Fernando Balleroni (1922-1980).
O que pouca gente sabe é que Laura Cardoso passou por drama semelhante ao de Lima Duarte, pioneiro da TV e celebrado semana passada no mesmo programa da Globo. Se o ator sofreu forte abalo com a morte de uma das filhas recentemente, a artista teve que viver esse luto apenas três dias após o nascimento do filho.
Laura fez um emocionante relato da morte do único filho homem em agosto de 2012. "Naquela época não se falava de incompatibilidade de RH entre os pais. Ele se chamava José, nasceu com um problema por causa disso e faleceu três dias depois, no hospital", recordou a artista.
"Achei que tinha sido por causa de um tombo que levei, já com barrigão. Na verdade, acho que o que levou o meu filho não foi a queda, foi esse problema no sangue", prosseguiu a veterana para a revista "Quem". E a atriz foi bem clara ao falar do sentimento que teve na época.
"Entrei no hospital com um filho na barriga e saí com os braços vazios. Ele viveu por três dias. A perda foi terrível. Ficou um vazio grande em mim. Nem gosto de falar disso. É terrível, muito doloroso", prosseguiu.