No mês das eleições, Juliana Alves usou seu perfil do Instagram para fazer um desabafo sobre a atual situação em que se encontra o Brasil. Nesta quarta-feira (3), a ex-rainha de bateria da Unidos da Tijuca publicou uma foto ao lado de Yolanda, de um ano, e comentou sobre o tipo de futuro que espera para a pequena. "Eu me recuso a perder as esperanças no ser humano. Tá difícil. Falta empatia. Olhar para o outro. Falta escuta. Trabalho desde os 16 anos e hoje posso proporcionar uma vida digna pra minha filha. Mas ela sempre saberá da minha história, que eu já quase morri na fila de hospital público, que eu enfrentei a discriminação e os rótulos e fiz o que eu acreditava, que o trabalho numa ONG me fez conhecer quase todas as comunidades da minha cidade, que eu sou artista e ganho meu salário fruto da minha dedicação e do meu trabalho", iniciou.
Em seguida, a intérprete da personagem Mazé, da novela "O Tempo Não Para", continuou o discurso sobre sua história de vida. "Eu nunca vivi as custas de ninguém porque fui criada pra ser independente e só ficar onde eu pudesse amar, acima de tudo. Na adolescência eu queria mudar o mundo, mas hoje eu sei que temos que começar por nós mesmos. Ela vai saber que eu aprendo com ela. E quero passar valores que são fundamentais. Honestidade, humildade e humanidade são pilares para mim. Ela precisa que eu continue acreditando e que eu não deixe o medo me corromper", continuou a carioca, que reprova cobrança pelo corpo perfeito.
Por fim, a atriz completou com uma questão aos seus seguidores: "Pessoas com medo muitas vezes se tornam cruéis. Tem gente que já odeia tudo que não entende. Tem gente que não aceita não saber. É uma ânsia de ter resposta pra tudo. Medo de ficar pra trás. Medo do que há do lado de fora, mas não cuidam nem do lado de dentro. Do olhar, da escuta, do afeto, dos valores humanos... Ensinam a temer, a odiar, a rejeitar, a excluir e ate a matar... Mas eu me recuso e não aceito, viu! Sou resistência mesmo. Só quem é sabe. É muito bom reconhecer que não estou sozinha. Sou semente e apenas mais uma. Eu sou porque nós somos. Você me entende? Diga. Multiplique-se. 'O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons', disse, Luther King. Você pode superar o seu medo por um bem maior?".
(Por Rahabe Barros)