Ivete Sangalo não cansa de declarar o seu amor pelos filhos e pelo marido, o nutricionista Daniel Cady. Em entrevista à revista "Crescer", a artista falou sobre como faz para dar conta da rotina de shows e da família. A artista é mãe de Marcelo, de 9 anos, e das gêmeas Marina e Helena, que nasceram em fevereiro deste ano. "Eu tenho a sorte de ter um trabalho que é muito flexível pra mim, então consigo organizar minha agenda ao meu bem-estar", disse.
Ivete admite que estabilidade financeira e maturidade ajudam a ter uma vida estruturada com a família. A artista se considera uma pessoa de sorte por isso e sabe que muitas mulheres não têm as mesmas oportunidades. "Ser mãe é muito gostoso. Eu sou completamente apaixonada por eles. Embora eu não tenha pensado nisso tão meticulosamente, eu tive a sorte de ter meus filhos com 25 anos de carreira, já estabelecida financeira e profissionalmente. A vida me deu essa oportunidade, mas sei que não é a realidade de muitas mães que precisam voltar à luta e não conseguem estar presente na vida da família como gostariam", comentou.
Para as mães que se culpam por ter que trabalhar, Ivete tem uma dica especial que costuma usar em sua vida. Para ela, o mais importante é encher os filhos de amor e priorizar os momentos felizes. "Não adianta se culpar. O importante não é a quantidade de horas que você se dedica à família, mas a qualidade desses momentos, não importa se você tem uma, duas ou três horas por dia", declarou.
Na entrevista, Ivete também falou sobre a constante exigência por beleza e por uma vida sempre perfeita, que acaba sendo um problema para o universo feminino. "Existe uma real ditadura sobre a vida das mulheres. O que elas são, o que têm que ser, o que comem, onde estão, é o filtro... E isso tudo é muito superficial e pouquíssimo profundo", finalizou
A cantora já declarou que passou por um momento delicado após o nascimento das gêmeas, mas que, felizmente, conseguiu superar. "Eu amamentava e chorava de emoção porque estava amamentando as minhas filhas. Só que daí passava o meu filho e dizia: Meu Deus, eu ainda não brinquei com ele hoje e vinha a culpa. Eu chorava muito tempo. E, para fechar com chave de ouro, na hora delas dormirem e eu dar de mamá, colocava sempre uma musiquinha instrumental, as vezes tinha só guitarra e contrabaixo, de alguns músicos que eu ouço e gosto. Eu ouvia aquela música e falava: Meu Deus, que música linda e chorava, chorava, chorava... Era só isso. Choro de culpa, mas de uma alegria muito forte. Sem contar com os hormônios batendo blá, blá, blá", lembrou.