Ludmilla e Brunna Gonçalves assumiram o namoro em junho de 2019, se casaram seis meses depois, e no começo de janeiro de 2020 já faziam planos de aumentar a família. Passados quase quatro anos, a criança ainda não veio, porém o tratamento enfim teve início - a noticia foi vazada no mês passado. Mas porque a funkeira e a dançarina demoraram mais de três anos para tirarem os planos do papel?
Em entrevista ao "Fantástico", da Globo, neste domingo (3), Ludmilla relacionou o adiamento dos planos por causa dos constantes ataques que ela e e mulher recebem - um dos mais recentes ocorreu no Dia da Consciência Negra e o outro teve relação à homenagem recebida pela intérprete de "Verdinha" com a maior honraria do Estado do Rio de Janeiro.
"Essa é a nossa conversa sempre, acho que por isso a gente adiou tanto de ter. Colocar um filho no mundo, hoje em dia, é um ato de coragem", disse. Já Brunna recordou de ataques gordofóbicos contra a filha de Viih Tube. "O mundo está muito cruel, a gente vê as coisas que acontecem. São coisas muito cruéis, que a gente fica: 'Meu Deus, e quando for o nosso?'", apontou.
Apesar de temerem futuros ataques, Ludmilla e Brunna (que irá gerar o bebê) não cogitam recuar. "Se já dói na gente agora, imagina (quando for com o filho). Mas a gente está muito feliz, confiante agora, e estamos começando a tramar", garantiu a funkeira, atacada na web por uma suposta falha ao cantar o Hino Nacional.
Sem se lembrar de quantas vezes já foi vítima de racismo, Ludmilla apontou mudança de postura. "Acho que não tinha maturidade nem entendimento suficiente para lidar com a situação. Agora, doeu porque sempre dói, mas agora estou mais forte, mais resistente, eu tenho uma equipe muito melhor perto de mim", explicou.
Em um dos casos de maior repercussão, Marcão do Povo foi demitido de afiliada da Record após chamar Ludmilla de "pobre macaca". Agora no SBT, o apresentador perdeu um recurso.