Gloria Perez foi consolada por Betty Faria durante a missa que lembrou os 25 anos da morte de Daniela Perez, filha da autora. A cerimônia foi realizada nesta quinta-feira (28), em igreja de Ipanema, na Zona Sul do Rio. A atriz foi assassinada aos 22 anos a golpes de tesoura pelo então casal Guilherme de Pádua e Paula Thomaz em um matagal da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, ao sair dos estúdios Tycoon. Na época, a atriz era par romântico do ator na novela "De Corpo e Alma", escrita por Gloria. Em abril do ano passado, a novelista e Raul Gazolla, casado na época com Daniela, ganharam processo de R$ 440 mil do hoje pastor evangélico. Fãs da atriz também estiveram na missa e confortaram a autora.
Horas antes da missa, Gloria já havia feito uma nova homenagem à filha. "Vinte e cinco anos é menos que 25 dias, que 25 horas, que 25 segundos. Filho não se conjuga no passado!", escreveu a autora em seu Instagram. Ela compartilhou fotos da filha, que atuou em novelas como "Kananga do Japão" (1989, na extinta TV Manchete), "Barriga de Aluguel" (1990) e "O Dono do Mundo" (1991).
No seu Facebook, Gloria lembrou que foi a responsável por mudar a lei através de uma emenda popular. "As leis ainda mais frouxas. Matar não dava cadeia: assassinos tinham direito de esperar, em liberdade, por um julgamento que podia ser adiado indefinidamente - bastava ter advogados que soubessem explorar as brechas da lei e utilizar o número infinito de recursos disponíveis para atrasar o andamento dos processos", iniciou a novelista. "Matar botos, papagaios, animais que faziam parte do patrimônio, era crime hediondo - matar gente, não", frisou a autora, que moveu processo contra a Record TV em 2012 por ter entrevistado Guilherme.
Na ocasião, Raul também reclamou de sua então emissora pela matéria conduzida por Marcelo Rezende e o ator teria recebido R$ 18 mil pela entrevista. "Em apenas três meses, reunimos 1.300.000 assinaturas", completou se referindo ao número colhido para mudar a lei. "É graças a essa emenda que criminosos como Suzanne Richtofen (que participou da morte dos pais, em 2002), o casal Nardoni (envolvido na morte de Isabella Nardoni, em 2008), e tantos outros, ainda estão na cadeia. Não fosse isso, já estariam rua há muitos anos.
(Por Guilherme Guidorizzi)