Protagonista de "O Lado Bom de Ser Traída", novo filme da Netflix com uma pegada erótica, Giovanna Lancellotti contou, durante sua participação no 'Quem Pode Pod', que sua primeira experiência com cenas de sexo na TV não foram muito positivas. Em 2012, quando fazia parte do elenco da segunda versão de "Gabriela", a atriz revelou que passou por algumas situações que, hoje em dia, poderiam ser vistas como assédio.
Na novela, a personagem de Giovanna Lancellotti começava a se prostituir e, por isso a atriz, teve vários parceiros de cena diferentes. Sua primeira cena de sexo foi com o veterano Chico Diaz, com quem ela afirma ter tido uma ótima experiência. Porém, o mesmo não se repetiu com outros atores.
"Na época não existia o termo assédio. A gente não falava tanto, nem sobre relacionamento tóxico se falava. Imagina, 10, 11 anos atrás. E aí era muito difícil, numa cena onde tinha sexo, nudez e tudo mais, você falar: 'Até aí pode, até aqui não pode'", relembra a atriz.
Ainda durante o "Quem Pode Pod", a artista diz que tinha medo de ficar marcada negativamente por reclamar das cenas de sexo em 'Gabriela'. "Era muito difícil dizer: 'Ai, aqui ele tá passando a mão em mim', 'Isso não precisa tá em cena'. E como não existiam esses termos ainda, eu não tinha nem ao que me apegar. Eu tinha medo de falar alguma coisa e ser antiprofissional", comenta Giovanna Lancellotti.
"Meu medo era falar alguma coisa e alguém falar: 'Ué, mas isso faz parte da cena. Você que não tá preparada pra isso'", completa. Para a atriz, cenas mais íntimas necessitam de uma preparadora de intimidade, que foi o grande diferencial do longa "O Lado Bom de Ser Traída".
"Hoje em dia é totalmente diferente. Por exemplo, em 'O Lado Bom de ser Traída' a gente tinha uma preparadora de intimidade, que era a Maria Silvia. Eu não faria esse filme sem ela. A gente coreografava as cenas, as cenas eram coreografadas. Era um dança, eu sabia exatamente o que ia acontecer na cena inteira", revela.