Fernanda Gentil e Edmundo se emocionaram e não seguraram o choro durante o velório de Roberto Dinamite, nesta manhã de segunda-feira (9). Maior ídolo do Vasco, o ex-jogador morreu aos 68 anos vítima de complicações de um câncer no intestino, contra o qual lutava desde 2021. Assim como Pelé, Dinamite está sendo velado no gramado do estádio do time que o projetou.
O caixão com o corpo de Dinamite foi protegido por algumas tendas. Camisas do Vasco foram colocadas próxima ao esquife. A família do ex-jogador ficou junto ao corpo durante a cerimônia. Torcedores do cruzmaltino tremulavam uma bandeira com a imagem de Dinamite.
Já ex-jogadores como Bismarck e Jean enviaram coroas de flores para o ídolo do Vasco, eternizado com uma estátua no gramado. E é ao lado dessa estátua onde foi colocado o caixão de Dinamite.
Ao se aproximarem do corpo, Edmundo e Fernanda não controlaram a emoção. Ídolo do Flamengo e atualmente comentarista de TV, Leovegildo Junior foi outro a comparecer ao velório, bem como o youtuber Casemiro e é claro a torcida vascaína.
O velório de Roberto Dinamite deve se estender até às 19h. Nascido Carlos Roberto Gama de Oliveira em Duque de Caxias em 13 de abril de 1954, o ex-jogador deixa viúva e quatro filhos.
Maior nome da história do Vasco, Dinamite recebeu esse apelido aos 17 anos quando marcou um gol contra o Internacional em 1971. No total, o ex-atacante fez 708 gols pelo time de São Januário. Pelo Vasco venceu cinco campeonatos estaduais (1977, 82, 87, 88 e 92), além de um Brasileiro (1974), sem contar torneios menores como as Taças Guanabara e Rio.
Com a Seleção brasileira, foram 26 gols, a artilharia da Copa América 1983 e a disputa das Copas do Mundo 1978 e 1982. Liderou ainda a artilharia do Carioca em três anos e do Brasileiro em duas vezes. Considerando toda a história dos torneios local e do nacional, ele é o artilheiro com 279 e 190 gols, respectivamente.
Dinamite passou pelo Barcelona e Portuguesa. Ao pendurar as chuteiras, foi presidente do Vasco e viu o clube ser campeão da Copa do Brasil (2011) e cair para a série B duas vezes (2008 e 2013). Se elegeu ainda cinco vezes deputado estadual.