O Governo do Reino Unido anunciou, nesta quinta-feira (20), um corte drástico no chamado Subsídio Soberano, dinheiro público recebido por Rei Charles III e financiado pelos contribuintes ingleses para custear os eventos e deveres oficiais da monarquia britânica.
O Subsídio Soberano será o equivalente a 12% dos lucros líquidos do Crown Estate, uma entidade governamental que administra as terras e propriedades no Reino Unido pertencentes ao Soberano em exercício; os bens privados de Charles não entram na conta. Antes disso, a porcentagem era de 25%.
Com a mudança, o dinheiro que deixará de ser destinado a bancar os deveres oficiais reais será utilizado para "financiar serviços públicos vitais, para o benefício da nação", segundo comunicado divulgado pela Royal Trustees.
O corte no Orçamento Real começa a partir do ano que vem, com uma redução de 24 milhões de libras esterlinas (R$ 148 milhões, na atual cotação). Em 2025 e 2026, a redução chega a 130 milhões de libras esterlinas (R$ 830 milhões) por ano. No total, serão aproximadamente R$ 1,7 bilhão a menos nos próximos três anos.
Vale lembrar que a redução de custos para os cofres públicos já é um desejo de Charles desde que ele assumiu o trono, afinal, os altos valores dedicados à monarquia são a principal crítica dos populares que não apoiam a Família Real.
Em novembro, houve boatos de que Charles pretendia reduzir drasticamente o número de funcionários no Castelo de Windsor. O objetivo? Diminuir o número de "parasitas" na Família Real, segundo a especialista Camilla Tominey. Dois meses depois, ele pediu diretamente ao governo que mais lucros de parques eólicos da Coroa fossem direcionados para a população e não para os fundos da monarquia.