Os últimos capítulos da novela "Éramos Seis" vão reservar uma reviravolta na vida de Lola (Gloria Pires). Ao contrário do que ocorreu nas quatro versões anteriores (1958, 1967, 1977 e 1994), a matriarca não termina seus dias abandonada em um asilo. A protagonista da trama das seis se casa pela segunda vez, agora com Afonso (Cássio Gabus Mendes). Para completar a alegria de Lola, sua filha, Isabel (Giullia Buscacio), lhe dá uma neta, Cecília (atriz não divulgada).
As cenas do casamento de Lola e Afonso vão ao ar no capítulo desta quinta-feira (26) e reuniram parte do elenco, em sequência alterada por conta do coronavírus. A matriarca dos Lemos é prestigiada pela mãe, tia, irmãs, cunhados, vizinhas, filha e genro. Julinho (André Luiz Frambach) decide não ir à cerimônia porque não aceita a nova relação da mãe.
Só que até lá, Lola vai sofrer ainda mais um pouco. Sofrendo humilhações na casa de Julinho, a idosa é convencida por ele a se mudar para a casa da filha. Só que a jovem e Felício (Paulo Rocha) dividem um apartamento de um único cômodo, o que causa mais problemas. A viúva de Júlio (Antonio Calloni) novamente não se adapta e passa o dia quase todo na rua. É assim que ela reencontra Inês (Carol Macedo), ex de seus filhos Carlos (Danilo Mesquita) e Alfredo (Nicolas Prattes), que ganha final feliz com Adelaide (Joana de Verona).
Com medo de que a ex-sogra conclua que seu filho é fruto do relacionamento dela e Alfredo, a enfermeira esconde tudo do pai. Enquanto isso, Lola, mesmo contra a vontade de Isabel se muda para o asilo da Madre Joana (Nicette Bruno). No local, a doceira logo se torna amiga de Tereza (Irene Ravache ). As duas atrizes interpretaram a protagonista nas duas versões anteriores exibidas pela extinta Tupi e pelo SBT, respectivamente. Porém, Afonso acaba descobrindo o paradeiro de Lola e após muito insistir a idosa decide aceitar se casar com ele.
Em entrevista para a Globo, Gloria Pires festejou o novo rumo dado para sua protagonista. "A Angela Chaves conduziu essa trama tão conhecida com muita inteligência, relendo passagens que ressignificaram a trajetória de Lola. Não deixou de levá-la pelos caminhos tortuosos, mas com a possibilidade de um novo olhar. Acho que o público vai amar! Eu adorei e me emocionei muito", afirmou. "Nossa base foi o texto da novela de 1994, seguimos por este caminho com todo critério e responsabilidade, mas também tivemos liberdade pra mudar. A ideia desde a sinopse foi dar um sopro de esperança, um final mais feliz para dona Lola", completou a autora.
(Por Guilherme Guidorizzi)