Fernanda Nobre concedeu entrevista à coluna de Patrícia Kogut, publicada pelo jornal O Globo, nesta segunda-feira (29). Integrante do elenco de "Um Lugar ao Sol", a atriz voltou a falar sobre o relacionamento aberto que mantém com o marido, o diretor José Roberto Jardim. A intérprete de Maria Fernanda afirmou que tem se tornado referência para pessoas que buscam fugir dos padrões monogâmicos.
"Mais do que tratar de relacionamento aberto, minha proposta é falar do lugar da mulher na sociedade sem escolher. A mulher fica repetindo padrões, que nesse caso é a monogamia, sem saber se é o que quer, porque desconhece que existem outras maneiras. A monogamia é hipócrita, principalmente nos relacionamentos heterossexuais. As pessoas passam pelo sofrimento da traição, da deslealdade. Isso é cultural. Existe um interesse do masculino para que se continue aceitando esse sistema. A gente pode mudar isso e criar novas formas de se relacionar", disparou.
Fernanda garante que recebe muitas mensagens de mulheres que querem abrir os relacionamentos, mas são impedidas pelo ciúme. "É passo de formiguinha mesmo. Tem que haver um interesse de desconstruir isso. Eu achei difícil no começo e ainda acho. A cada experiência, um novo aprendizado. Eu e o José estamos em busca de um lugar de diálogo, de troca, de parceria, de generosidade com o outro", afirmou.
Engana-se quem pensa que, por ser aberta, a relação de Fernanda e José também não passa por restrições. Ainda na entrevista com Kogut, a atriz descartou fazer parte de um "trisal", relacionamento formado por três pessoas. "A gente conversa sobre as milhões de possibilidades de se relacionar, mas não temos vontade de mudar. Gostamos de morar juntos, somos bem parceiros em casa. Então, a três, não tenho vontade", decretou.
Em entrevista ao jornal Extra, publicada neste fim de semana, Fernanda contou que não reagiria bem se o marido engravidasse outra mulher. "Na minha concepção, engravidar outra mulher é inconcebível. É uma quebra grave do pacto de lealdade com meu companheiro. Cada casal tem o seu pacto, inclusive as pessoas que são monogâmicas. Mas a ideia que as pessoas tradicionalmente têm de traição costuma ser diferente da minha. O conceito de fidelidade é muito arraigado de moralidade. Eu prefiro falar em lealdade", explicou.