Exagerou no Carnaval e passou longe das dicas para não errar a mão durante a folia? E ainda não retomou a rotina de alimentação e exercícios? Você não está sozinha! E nós fomos atrás de informações sobre o Fast Mimicking, nova dieta do momento que já promete resultados no primeiro mês, mas tendo a saúde como seu principal foco. Assim como a atriz Carolinie Figueiredo, que aprendeu a aceitar o seu corpo, o Purepeople concorda que o bem-estar vem antes da estética e bateu um papo com a nutricionista Patricia Davidson, responsável pela alimentação de famosas como Bruna Marquezine, para entender melhor os benefícios do novo modelo de jejum.
O procedimento desenvolvido pelo pesquisador Valter Longo é baseado em consumir pequenas quantidades de alimentos durante 5 dias e, segundo Patricia, "ao promovermos essa escassez calórica, induzimos o metabolismo a achar que entramos em estado de jejum. O organismo não 'reconhece' os alimentos pois sua disponibilidade está reduzida". Durante os outros 25 dias do mês, o organismo deverá ser abastecido com uma dieta normocalórica, ou seja, que foca em ingerir a mesma quantidade de calorias que o corpo irá queimar no dia. A nutricionista, que também acompanha a dieta da Maytê Piragibe, conta quais são os alimentos permitidos durante o Fast Mimicking (FMD). "A alimentação do FMD baseia-se na plant based (legumes, frutas e verduras) aliada a fontes de gorduras boas, na qual, evitamos alimentos de origem animal, industrializados, café, açúcar, adoçante, doces em geral, trigo, leite e derivados (de qualquer espécie)."
A maior diferença entre o Fast Mimicking e o jejum é a permissão de ingerir alimentos que enganam o metabolismo no FMD, diferentemente do jejum, mas existem algumas outras características que diferem um modelo do outro. Segundo Patricia Davidson, "a fasting ou jejum não reduz o aporte calórico de forma drástica, mas reduz a janela de consumo alimentar, ou seja, você passa a ter menos tempo para comer, visto que nesse caso, o jejum pode ser feito de forma diária e subsequentemente a ingestão alimentar normal". Ou seja, as calorias não são reduzidas durante o fasting, só diminui o tempo em que é permitido se alimentar.
A pesquisa realizada pelo Instituto de Longevidade da Universidade do Sul da Califórnia (USC) apresentou muitas diferenças no metabolismo daqueles que foram submetidos à dieta e todos relacionados a melhoria da saúde, são eles: "emagrecimento e saciedade, redução do envelhecimento precoce, aumento da disposição, aumenta a longevidade, reduz o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão, obesidade), reduz a compulsão alimentar, melhora parâmetros como colesterol, glicose, hormônios como insulina, ajuda a controlar sintomas de doenças autoimunes, reduz o estresse crônico e melhora a inflamação sistêmica", informou a nutricionista que fez Gabriela Medvedovski engordar de forma saudável para papel em "Malhação". Também existem desvantagens, mas elas só podem ser analisadas individualmente com o auxílio de um profissional, pois "em alguns casos isolados, os pacientes acabam aumentando a compulsão alimentar, num primeiro momento".
Valter Longo, diretor do instituto responsável pela pesquisa, criou a ProLon, marca responsável em vender os alimentos necessários para a dieta em um kit que deverá ser ingerido em 5 dias. A dieta, baseada em salgadinhos de vegetais, sopas, barras de energia, azeitona, nozes e barra de cereal sem açúcar, além da opção de suplementos, ainda não é vendida no Brasil. As jornalistas Rachel Hosie e Erin Van Der Meer decidiram experimentar a dieta e relatar em forma de diário tudo o que acharam e sentiram durante os 5 dias. Ambas fariam a dieta novamente, mas acusaram sofrer com enxaqueca na metade do processo e suspeitaram estar relacionada a ausência de cafeína. A nutricionista Patricia Davidson desenvolveu o tema e afirmou que "os casos devem ser avaliados de maneira individual, entretanto, tanto a falta de cafeína como a restrição alimentar podem promover a enxaqueca num primeiro momento, entretanto, quando o protocolo é feito de forma correta esses sintomas passam em poucos dias independentemente da causa". A dieta deverá ser acompanhada por um profissional da área e não é recomendada para crianças, mulheres grávidas, lactentes e adultos acima dos 70 anos.
(Por Fernanda Casagrande)