Mariana Goldfarb está em uma nova fase. Dois meses depois de se separar de Cauã Reymond e colocar um fim no seu casamento, a modelo compartilhou um desabafo emocionante à Vogue Brasil, divulgado no último sábado (24), onde deu mais detalhes sobre como se sente atualmente, garantindo estar bem melhor.
Tentando ignorar a pressão estética e a cultura da magreza, Mari confessa que não se sabota mais como fazia antigamente. "Não deixo mais de comer para ficar esquelética e apenas assim ser amada", revelou. Ela ainda disse que agora escuta sua própria voz e não vai mais ignorá-la "para caber em qualquer lugar que seja apertado e pequeno demais pra mim".
Cada vez mais focada na sua introspecção, Mari conta que tem aprendido a se aceitar e se amar, em todos os quesitos. "Tenho aceitado o meu cabelo que é enrolado por natureza e não tento mais domesticá-lo. Tenho aceitado impor os meus limites, mesmo que eles desagradem, firam ou deixem os outros desconfortáveis. Não tenho mais me feito de burra, não finjo mais que não sei sobre um assunto, não visto mais qualquer roupa que não seja a minha pele", compartilhou.
Para a modelo, esse é o momento que ela mais chegou próxima da liberdade. "A gente tem a ilusão de que quando viaja, experimenta ser livre. Acho graça porque já fui uma dessas pessoas, mas a verdadeira liberdade é ser quem se é em qualquer lugar. Procuramos escapismos o tempo todo quando, na verdade, tudo (e é sério, tudo mesmo) está dentro de nós. É o caminho mais difícil, é o caminho mais tortuoso, é o caminho mais escuro, mais solitário, mais árido, mas, uma vez encarado, é um caminho sem volta", reflete.
Ela ainda reconhece que, agora, está muito orgulhosa e feliz consigo mesma. "Tenho me sentido uma pessoa gostosa, está sendo gostoso ser quem eu sou, está sendo gostoso estar na minha pele – e nossa, isso antes parecia impossível. Tudo o que eu queria era gostar de ser quem eu sou, era gostar de mim com todas as minhas lacunas, meus espaços em branco, minhas perguntas sem resposta, meus cantos que não tocam a luz, meus cantos vis", explica.
Ela complementa: "Tenho começado a rir deles, tenho me divertido com meus defeitos, não tenho me levado tão a sério, tenho tirado mais sarro de mim mesma. E nada disso sem falta de responsabilidade, mas, sim, sem falta de culpa; o que são coisas bem diferentes, reparem só".
"Tenho me amado, tenho me tocado, venho me sentindo, venho gostando de estar só na minha existência, de me descobrir singular, única e individual", conta. A mesma ainda confessa que tem fome de vida e tem sede de tudo o que ainda quer conhecer. "Quero sentir as coisas, quero sentir a minha pele arrepiar mais vezes, quero sentir outros aromas, conhecer outros lugares dentro de mim mesma, quero me descobrir mais", admite.
O seu grande desabafo ainda inclui um momento que muitos interpretaram como um recado para Cauã Reymond após o término, quando ela conta que não tem arrependimento nenhum e reconhece a importância de deixar as coisas para trás para que novas possam surgir.
"Tenho sofrido muito por percorrer este caminho, mas não tenho nenhum arrependimento. Para ganhar algo novo devemos abrir mão do velho. Abrir mão do que não cabe, abrir mão do que machuca só por ser um lugar já conhecido por você... Não precisa ser o seu destino, existem outros lugares", afirma.