A futura primeira-dama, Janja Silva, tem causado muita expectativa sobre o look que vai utilizar durante a posse do presidente Lula, que acontece neste domingo (01). Dona de um estilo que alinha o clássico e o despojado, ela faz mistério sobre a escolha, mas entrega que vem um figurino cheio de simbolismos.
"Queria vestir algo que tivesse simbolismo para o Brasil, para os estilistas, para as cooperativas e para as mulheres brasileiras", disse Janja, em entrevista para a revista Vogue. Janja quer aproveitar sua visibilidade para trazer marcas nacionais para os holofotes.
Quero carregar os estilistas brasileiros aonde for. Mostrar para o mundo, abrir portas de comércio, de oportunidades. Se puder contribuir, vou ajudar.
Uma ocasião em que Janja colocou uma marca brasileira em destaque foi durante a entrevista para o "Fantástico". A blusa utilizada por ela esgotou rapidamente no site oficial da grife Misci. "Fiz questão de usá-la porque carregava um simbolismo, tanto da história de vida do estilista como da cultura popular, da produção da seda nacional, que é usada na França e a gente nem sabe", frisou a esposa de Lula, ainda em entrevista à Vogue.
Durante a campanha presidencial, Janja foi vista com looks confortáveis, compostos, na maioria das vezes, por calça jeans e T-shirts políticas. É essa mesma leveza que ela quer propor, também, nos bastidores da política em Brasília.
Uso tênis com calça, saia, shorts. Outro dia, cheguei ao CCBB para uma reunião e estavam todas as secretárias de salto alto. Levantei o pé, mostrei o tênis e disse: 'Está instaurada a democracia do tênis'.
Apesar de defender o estilo comfy, Janja admite que não gosta quando esse visual é associado a um estereótipo petista. "Outro dia, na TV, alguém disse que a Dona Lu [Lu Alckmin, segunda-dama do Brasil], que sempre foi do terninho Chanel, estava tão petista que até jeans e tênis estava usando. Gente, é uma construção idiota. A pessoa tem que se vestir como se sente bem. E saber como e para que está vestida. Obviamente que não vou de jeans e tênis em uma recepção com presidentes", ressaltou Janja.
"A relação com a moda pode ser mais desapegada de protocolos. Não é porque você é deputada que precisa estar de terninho e saia. Ou se você é mulher do presidente tem que usar vestido abaixo do joelho, careta", refletiu, ainda em entrevista à Vogue.