Jair Bolsonaro (PL) foi o primeiro presidente do Brasil a não conseguir a reeleição e, no dia 1º de janeiro, precisará entregar o cargo ao adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde os resultados das Eleições, muito se tem discutido se o atual chefe do Executivo passaria a faixa presidencial para o sucessor.
De acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, Bolsonaro não entregará a faixa presidencial para Lula. O presidente teria comunicado sua decisão final em conversa com aliados.
Segundo a publicação, Bolsonaro concordou com aliados, que argumentaram que uma participação na posse de Lula desagradaria seus apoiadores, que seguem em manifestações antidemocráticas ao redor do Brasil para contestar o resultado das eleições.
Houve quem insistisse que ele participasse, como um gesto de apreço e respeito à democracia, mas o presidente frisou que o ato não faria com que os adversários mudassem de opinião sobre ele.
Segundo o colunista Daniel Cesar, do iG, a saúde mental de Bolsonaro tem preocupado aliados. Tudo isso porque, nos últimos dias, ele tem afirmado para todos que venceu as eleições. A história foi contada por um parlamentar que esteve com o presidente recentemente. "Ele não acreditava nas fake news, agora parece que acredita nos maiores absurdos", disse o político.
Ainda segundo a coluna, Bolsonaro estaria em estado de negação e até espalhado teses de que o STF vai corrigir "fraudes nas urnas", o que já atestado que não ocorreu. "Eu não confio que ele não cometa uma loucura ao perceber que Lula vai mesmo assumir", comentou um ministro, em conversa com a publicação.
Recentemente, Bolsonaro chamou atenção ao chorar durante uma cerimônia de promoção de oficiais. A aliados, ele já confessou medo de ser preso por determinação de Alexandre de Moraes e até teria pedido ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que prestasse auxílio financeiro à primeira dama, Michelle, caso isso ocorra.