Eliana iniciou a carreira de apresentadora infantil na década de 1980 e só em 2005 estreou o primeiro programa para o público adulto. Em entrevista ao jornalista Maurício Stycer, do portal "UOL", a apresentadora contou que sentiu que era hora de mudar: "Foi uma transição necessária. O infantil começou a ter uma série de restrições. Começou a ficar difícil para viabilizar um programa infantil. Isso foi uma questão. Outra era que eu estava crescendo. Já era uma mulher de quase 30 anos e não me via mais naquela posição da 'amiga mais velha'. Eu falei 'até quando eu vou ficar neste caminho? Será que vou virar a tia e avó deles?'. Uniu o momento da história comercial com meu momento de transformação".
Para a transição para o público mais velho, a apresentadora precisou ser preparada: "A TV me chamou e falou 'agora a gente pode preparar algo especial para você. Só que a gente não pode fazer isso agora'. Eu disse 'Estou pronta. A hora que vocês quiserem eu topo'. Era um desejo meu. Eu comecei a fazer terapia com uma sexóloga, a Ana Helena Matarazzo. Ela foi muito importante para mim". A mãe de Arthur e Manuela disse que reprimia a sensualidade por causa do antigo programa: "Por tantos anos eu não usava unha comprida, esmalte vermelho, batom vermelho. Eu tinha a maior a preocupação em ter qualquer gesto ou movimento corporal sensual. Para mim, não combinava sensualidade e universo infantil".
A preocupação em evitar sensualidade para as crianças era tão grande que a Eliana e a produção de seus programas pediam que grupos, como o É o Tchan, fossem mais "discretos" em suas participações na TV. "O grupo É O Tchan quando se apresentava no meu programa as coreografias eram um pouco modificadas. Era um carinho que a gente queria dar ao nosso público. Elas vinham com roupas mais cobertas. A gente tinha um supercuidado com isso", explicou Eliana, prestes a oficializar a união com o diretor Adriano Ricco.
(Por Tatiana Mariano)