Para Deborah Secco, sucesso como a aeromoça Inês na novela "Boogie Oogie", a vida glamourosa que leva por causa da carreira na TV também se esbarra com situações delicadas que ela precisa driblar.
"Minha vida é incrível, sim, mas não só incrível. Tem passagens das quais só Deus não duvida. Só que eu aprendi, de certa forma, a tornar público só o que é bom. Tem momentos em que eu choro sozinha. Muitos...", contou em entrevista ao jornal "Extra" deste domingo (17).
A atriz revela momentos complicados como o envolvimento do pai, o engenheiro Ricardo Tindó Ribeiro Secco, acusado de enriquecimento ilícito em novembro do ano passado.
Deborah, a mãe e os irmãos também foram envolvidas no caso. Ricardo, a ex-mulher e os filhos tiveram que devolver o montante de R$ 446.455 aos cofres públicos sob acusação também de improbidade administrativa. A condenação foi feita pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
E o fato acabou arranhando a relação de Deborah com o pai. "Eu queria muito tê-lo mais perto, mas sinto que é difícil para ele, talvez por saber o quanto, sem querer, me fez mal. Acabou que a minha popularidade fez com que isso ficasse maior do que realmente é, e resvalou em quem menos merecia. Meu irmão (o administrador Ricardo, de 41 anos) mora numa cidade pequena, no Sul do país, e sofre todo tipo de preconceito. Minha irmã perdeu alguns contratos profissionais. Ficou ruim para todo mundo. Eu me sinto um pouco culpada por ser uma pessoa pública e trazer isso à tona, apesar de efetivamente não ter culpa alguma", lamenta.
Sobre as acusações, Deborah declara: "Acho que a justiça tem que ser cumprida. Estou aqui, não tenho nada a esconder". O carinho pelo pai, apesar do distanciamento, se mantém. "Devo respeitá-lo e honrá-lo até o fim da minha vida. Se ele for preso, vou estar lá todos os dias que eu puder para visitá-lo", disse a atriz.
Solidão
Reclusa e com poucos amigos, Deborah diz que "sua verdade" está longe de viver o tempo todo sob holofotes. "Sabe essa coisa da pessoa pública que vai a um lugar e que todo mundo quer chegar perto, tocar? Pois então. Depois, eu entro no quarto de hotel e o meu telefone não toca. Porque eu realmente sou muito reclusa, ligada à família, de poucos amigos. Sou mesmo uma contradição, talvez a maior que eu já tenha conhecido. Essa é a minha verdade", declara a atriz, que recentemente comprou um apartamente vizinho ao que mora em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca para abrigar a mãe, Silvia, a avó Eulália, de 84 anos, e a madrinha Neide, de 54. "Domingo é dia de estar com a família. A gente acorda junto, vai à missa, almoça. É uma alegria só", conta feliz.