Tatá Werneck explicou a razão de resolver se mudar de casa: poder pegar para ela mais bichos sem dono. "Amo minha casa, tenho o maior carinho. Foi minha primeira casa, mas eu também quero ter mais animais", contou a atriz, dona de 13 gatos resgatados das ruas e seis cães adotados em abrigos. "O maior motivo de me mudar foi para ter uma área externa maior para eu poder pegar mais bichos de rua", acrescentou a humorista, que chegou a adotar felinos ao invadir o "Encontro". Tatá quer aumentar a família trazendo para dentro de casa um cachorro tetraplégico. "E o Rafa (Vitti, namorado com quem mora junto) também está de olho em outro, que ficou cego por maus tratos", continuou ao entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal "Folha de S. Paulo".
Prestes a voltar ao ar na novela "Deus Salve o Rei", com estreia prevista para janeiro, Tatá lembrou que não conseguiu levar adiante um projeto maior voltado para bichos carentes. "A primeira coisa que eu fiz (quando começou a ficar conhecida) foi comprar um espaço para fazer um abrigo para animais abandonados. Tentei começar, mas era uma burocracia tão grande que percebi que era mais fácil eu ajudar os abrigos e fundações que já ajudo", apontou ela, que recebeu crianças refugiadas no Natal. A ligação com as causas sociais, segundo a humorista, não é de hoje. "Quando era criança, ligava me oferecendo para fazer trabalhos voluntários em asilos. Até que um para senhoras cegas me aceitou", completou.
A apresentadora do "Lady Night" contou também que tem TOC. "A coisa que eu tenho mais TOC na vida é cheiro", disse. "A minha casa era muito cheirosa, mas depois que eu adotei o Nino e a Penélope (seus cães), eles ficam disputando território com os outros. Aí um chega e faz xixi, o outro chega e faz xixi, aí Rafa (com quem trocou beijos em passeio no shopping) vê e faz xixi, aí eu faço e todo mundo fica fazendo xixi", enumerou. Tatá contou também que no começo da carreira só queria sobreviver, sustentar uma família e ter muito espaço. "Para que eu não precisasse deixar um bicho na rua por falta de lugar", justificou.
Na entrevista, a namorada de Rafael, com quem pretende oficializar o casamento, lembrou também como gastava parte do seu salário, em associações, igrejas e causas. "Quando entrei para a MTV recebia R$ 2.500. Me dava um sentimento de culpa pelos meus amigos que ainda não tinham conseguido um salário. Vivia no negativo, mas era muito feliz", assegurou. E hoje, suas atitudes continuam as mesmas. "Quando vejo algo que quero, penso se o valor daquilo vai fazer diferença para o meu pai, minha mãe ou minha tia. Se a resposta for sim, não compro", garantiu. "Cara, eu preciso garantir o futuro do meu pai e da minha mãe, que trabalham com projetos sociais. Eu ainda sinto uma culpa de pensar que minha realidade é muito diferente da maioria dos brasileiros", completou.
Homenageada pelo pai em seu programa, Tatá afirmou que foi com a família que aprendeu o engajamento em causas. "Eu cresci sendo questionada e aprendendo a questionar", disse. "A minha casa na infância era totalmente adaptada, mesmo não tendo ninguém deficiente na família", completou, lembrando o grupo Os Inclusos e os Sisos, criado por ela e a mãe, voltado para deficientes visuais e auditivos.
(Por Guilherme Guidorizzi)