A questão da igualdade de gênero está cada vez mais em pauta no cenário nacional ou internacional, como em movimentos como o "Time's Up", que motivou protestos em premiações e foi citado na cerimônia do Oscar 2018. Nesta terça-feira (13), durante a INTV Conference, evento sobre programas de televisão e streaming em Jerusalém, produtores da série "The Crown" afirmaram que a protagonista Claire Foy, intérprete da Rainha Elizabeth na série do Netflix tinha um salário inferior ao de Matt Smith, o príncipe Phillip da série. "Reconheceram que ele ganhava mais por sua fama com 'Doctor Who', mas afirmaram que mudariam isso no futuro", definiu a revista norte-americana "Variety".
Suzanne Mackie, uma das produtoras responsáveis pela atração, assegurou que tal mudança salarial está nos planos da próxima temporada da série. "Vamos mudar isso. Daqui pra frente, ninguém vai ganhar mais que a rainha", disse, de acordo com a publicação, durante o painel. Na terceira temporada da produção, acontecerá um avanço temporal e as cenas serão ambientadas nos anos 1970, com a substituição do elenco principal. Dessa forma, mesmo premiada pelo Globo de Ouro em 2017 e do SAG Awards no mesmo ano, Claire não terá o cachê reformulado no trabalho em questão.
Assim como destacou Alice Braga, Marina Ruy Barbosa valorizou, em recente entrevista, a necessidade de assuntos relativos à desigualdade de gênero serem abordados com maior frequência pela classe artística do Brasil e do exterior. "Temos algo muito valioso que é a nossa voz. É encorajador ver essa voz sendo usada a favor de lutas tão valiosas como o fim do assédio. E o que é mais importante: uma voz em coro. Mulheres unidas, profissionais unidos. Isso dá mais força às reivindicações. É um exemplo e tanto!", afirmou a intérprete de Amália, plebeia empoderada e cheia de personalidade, na novela "Deus Salve o Rei".
(Por Marilise Gomes)