Cher contou à revista "Mclean's" que recusou cantar na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecerá na Rússia nas próximas semanas. O repúdio da cantora ao evento acontece por conta dos movimentos do parlamento do país para reprimir os homossexuais do país com a chamada lei anti-gay.
"Eu não posso citar nomes, mas um amigo que é uma pessoa muito importante na Rússia me ligou e convidou para ser a embaixadora do show de abertura das Olimpíadas. Eu, imediatamente, disse não. Eu quero entender o porquê de tanto ódio contra gays naquele país", citou em apoio aos homossexuais do país que estão sendo reprimidos por conta de uma lei anti-gay aprovada pelo parlamento.
Cher lembrou que conviveu com o preconceito durante o início da carreira , quando cantava com o marido, Sonny Bono, e decidiu lutar contra o fato. "As pessoas me odiavam nos primeiros anos da minha carreira porque nós parecíamos e agíamos diferente. Sonny sempre se metia em brigas. As pessoas o chamam de 'bicha' e ele terminava com o nariz quebrado só porque nos vestíamos diferente. E aquelas eram as roupas que saíamos na rua! Nunca vou esquecer isso", relatou.
A cantora, aliás, é mãe de um transexual. Chaz Bono, nasceu mulher mas se tornou transgênero ao mudar o corpo com cirurgias e hormônios e se assumiu como homem. "Quando ele me disse o que pretendia fazer, e começou o processo, eu fiquei bastante assustada. Um dia liguei para ele e tinha e a chamada caiu na caixa postal, e estava com antiga voz dele, e isso me chocou muito. Essas mudanças, as menores, as mães não esquecem. Isso costumava ser contra a lei, mas graças a Deus nós conseguimos chegar até aqui", concluiu.