
O caso Vitória promete render reviravoltas nos próximos dias, mesmo após Maicol Sales dos Santos ter confessado o assassinato da adolescente de 17 jovens. Segundo informações da Record TV, a Polícia de São Paulo segue em investigações e não descarta a participação de uma segunda pessoa.
Apesar de ele garantir em seu depoimento de confissão que agiu sozinho, três indícios sugerem que Maicol contou com um cúmplice para ocultar o corpo e outras etapas do crime.
O primeiro deles é o depoimento de uma testemunha, que afirma ter visto duas pessoas no carro de Maicol - e que a segunda não seria Vitória. O principal suspeito também disse a frase “Eu não vou pagar isso sozinho” na carceragem em Cajamar, o que reforça a tese de um cúmplice. Além disso, experimentos realizados pela reportagem da Record indicam que ele não conseguiria carregar sozinho o corpo de Vitória, que pesava por volta de 60 kg, por uma trilha no meio da mata.

A equipe jurídica do operador de empilhadeira não está satisfeita com o desfecho. O advogado do suspeito, Arthur Perin Novaes, questiona a legalidade de como a confissão foi feita.
Arthur afirma que a confissão aconteceu de madrugada e sem a presença de advogados, o que é proibido por lei. Ele ainda aponta que uma testemunha afirma que não houve confissão.
“A defesa não participou de qualquer ato de confissão, não foi devidamente intimada para isso. Com muita estranheza que recebemos a notícia pela mídia. Saímos de lá por volta das 20h30, 21h, e não houve confissão. O próprio representante da prerrogativas da OAB ouviu o Maicol e disse que não houve confissão, que não teria interesse algum em falar, isso tá gravado”, disse o advogado em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, Maicol confessou o crime de forma espontânea. Os agentes reforçam que não têm dúvida da autoria e de que ele agiu sozinho.