Carnaval 2022 em SP: festas privadas de blocos de rua são autuadas pelas autoridades, que se preocupam
Publicado em 27 de janeiro de 2022 às 17:39
Por Igraínne Marques
O Carnaval de 2022 em São Paulo, embora tenha sido confirmado em relação aos desfiles das escolas de samba, cancelou os blocos de rua da cidade. Em resposta, muitos cortejos passaram a organizar festas privadas - mas as celebrações têm desagradado os órgãos públicos
Carnaval 2022 em SP: festas privadas de blocos de rua são autuadas pelas autoridades, que se preocupam
Carnaval 2022 em SP: blocos de rua organizam festas privadas, são autuados por não seguirem medidas de segurança e preocupam autoridades
Carnaval 2022 em SP: autoridades lembraram que as festas, durante a pandemia, passaram a ser autorizadas com protocolos de segurança, o que inclui uso de máscara
Carnaval 2022 em SP: além disso, os blocos de rua, mesmo que privados, também precisam garantir um distanciamento entre as pessoas e receber apenas 70% da capacidade máxima
Carnaval 2022 em SP: o bloco 'Agrega Gregos', que organizou três dias de festas, chegou a ser autuado pelas autoridades
Carnaval 2022 em SP: outros blocos de rua chegaram a cancelar as próprias festas privadas para evitar problemas
Carnaval 2022 em SP: por muito menos, os desfiles das escolas de samba da cidade foram adiados para abril
Carnaval 2022 em SP: a Liga-SP, responsável pelas escolas de samba, chegou a propor soluções para evitar o cancelamento completo dos desfiles
Carnaval 2022 em SP: uma das propostas, que chegou a ser aceita, foi a exigência de que todos os componentes usassem máscara, e que o uso incorreto do acessório gerasse desconto de notas
Carnaval 2022 em SP: assim como as escolas de samba, os blocos de rua que pretendem realizar festas privadas também precisam garantir que o público usará a máscara
Carnaval 2022 em SP: as escolas de samba só vão entrar na avenida em abril, mas, em relação aos blocos de rua, pode ser que nem as festas privadas aconteçam
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O Carnaval de 2022 em São Paulo continua sendo uma possibilidade para muitos foliões que se sentiram prejudicados com o fim da festa de rua. Isso porque, para muitos, os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, agora adiados para abril, não são o bastante para celebrar a data.

Muitos blocos passaram, então, a organizar festas privadas como forma de evitar que, mais uma vez, o Carnaval passasse em branco, e isso preocupa os órgãos públicos. Um desses cortejos, por exemplo, foi o Agrada Gregos, que vendeu ingressos para um total de três dias de festa. Há fotos do evento que mostram ambientes lotados, mas nenhuma máscara visível. A vigilância sanitária autuou a organização. As informações são do jornal "Folha de S.Paulo".

A situação é mais crítica porque, apesar da multa, o Agrada Gregos chegou a dizer que estava seguindo todos os protocolos de segurança. Agora, órgãos públicos querem aumentar as exigências para que eventos do tipo sejam permitidos. Vale lembrar que, por causa da pandemia, esse tipo de festa só podia receber 70% da capacidade máxima, tinha que garantir um distanciamento e precisava manter a máscara como item obrigatório.

"Estamos preocupados com as festas de Carnaval fechadas, algumas delas sem nenhum cuidado sanitário. Vamos estabelecer condições mais rígidas para que elas possam acontecer", afirmou Edson Aparecido, secretário municipal da Saúde em conversa com a publicação.

Carnaval 2022 em SP: exigências para desfiles no Anhembi são ainda maiores

A preocupação das autoridades em relação às festas privadas não é à toa. Por muito menos, os desfiles no Sambódromo do Anhembi acabaram adiados para abril. Antes de a decisão acontecer, aliás, a Liga-SP, que representa as agremiações, chegou a propor soluções rígidas, regras que incluíam não apenas o uso da máscara em todos os componentes das escolas, mas também o desconto nas notas caso alguém estivesse usando o acessório incorretamente.

Carnaval 2022: no Rio, cientistas avaliam que seria impossível controlar o vírus

Para completar, cientistas que já se tornaram referência quando o assunto é Covid, como a infectologista Margareth Dalcolmo, afirmaram que, mesmo em ambiente aberto, como é o caso das avenidas do samba, e com o uso de máscara, seria impossível controlar a circulação do vírus. Esse cenário, portanto, torna-se bem mais grave quando o assunto é uma festa privada onde ninguém está usando a proteção.

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